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Isolda acompanha pesquisadores chineses em Apodi

A deputada estadual Isolda Dantas acompanhou hoje em Apodi, junto com outras autoridades, uma comitiva de pesquisadores chineses. O grupo, que deve permanecer no Brasil por alguns meses, observará a aplicação do novo maquinário desenvolvido na china para o uso na agricultura familiar no RN e em todo Brasil.

Essa é a terceira vez que a comitiva chinesa desembarca em Apodi, tendo a primeira vinda registrada ainda no final do ano passado, onde anunciou que Apodi receberia a Unidade Demonstrativa Brasil-China de Cooperação em Desenvolvimento Agrícola no Oeste Potiguar em parceria com o Consórcio Nordesde a Universidade Agrícola da China e o MST. A missão internacional escolheu Apodi para executar os testes de mais de 30 máquinas que devem mecanizar a agricultura familiar auxiliando em pequenas produções de alimentos por todo País.

Dessa vez a comitiva é composta por pesquisadores das universidades e laboratórios de pesquisa que estão auxiliando no projeto. Os cientistas devem analisar os resultados das aplicações das máquinas em campo nos últimos 5 meses, desde que o projeto começou. “O Oeste Potiguar e o RN é referência na agricultura familiar no Brasil e no mundo. Com esse projeto conseguiremos aumentar a produtividade de pequenas cooperativas e produtores que já são os maiores fornecedores de alimentos nas mesas dos brasileiros” afirmou Isolda.

A missão Sino-Brasileira

A deputada Isolda compôs a missão brasileira que esteve presente na China em abril desse ano para discutir a mecanização da agricultura familiar. Com essa visita da delegação chinesa ao Brasil, entramos na terceira etapa de um dos projetos mais importantes do governo federal até agora.

Os esforços de Isolda em dar atenção à pauta especificamente no RN deve valorizar o setor produtivo em todo o estado. Desse modo, o Rio Grande do Norte sai na frente na pauta da mecanização dos campos, principalmente no Nordeste.

Já está previsto desde fevereiro a instalação de uma fábrica para esse tipo de maquinário na região Oeste do estado, possivelmente em Mossoró, e deverá atender todo o país. Isolda lembra que a conquista deve beneficiar todo o estado. “A instalação dessa fábrica aqui é um passo importante pra nós, especialmente pra quem produz. É a resposta à luta de diversos coletivos que vêm contribuindo pra colocar comida na nossa mesa. Mossoró, Apodi e o RN estarão no centro da agricultura familiar por todo país” comemorou a deputada.

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Homenagem ao MST não pode, mas pode título de cidadania para Bolsonaro e governador de São Paulo

Não faz dois meses que os deputados estaduais de direita impediram a deputada estadual Isolda Dantas (PT) de realizar uma sessão solene em homenagem aos 40 anos de fundação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), um dos mais importantes do país.

O ódio ao movimento social impediu que a homenagem fosse realizada mesmo com o MST sendo o maior produtor de arroz orgânico do país e sendo fundamental para a agricultura familiar que ajuda a abastecer a mesa dos brasileiros.

Esses mesmos deputados, sem qualquer resistência parlamentar ou polêmica na mídia potiguar, conseguiram aprovar com facilidade os títulos de cidadania potiguar para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Bolsonaro é famoso pelas frases preconceituosas em relação aos nordestinos e durante os quatro anos em que foi presidente pouco fez pelo Estado. O gesto mais conhecido dele no Rio Grande do Norte foi tirar a máscara de uma criança em Pau dos Ferros em plena pandemia de covid-19.

A aprovação do título vem em um momento em que Bolsonaro está afundado em denúncias de corrupção. Ele sempre pregou contra os direitos das minorias sociais e está cada vez mais evidente que liderou tentativas de golpe de Estado que resultaram na intentona bolsonarista de 8 de janeiro de 2023.

Tarcísio foi ministro da infraestrutura em um período em que a estradas no Rio Grande do Norte só fizeram piorar, isso inclui as BRs. Atualmente governa São Paulo fazendo a Polícia Militar de lá se tornar uma das mais violentas do país.

Os títulos, como a negativa da homenagem ao MST, são pura politicagem de uma direita tacanha.

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Parlamentares do PT realizam homenagem popular por 40 anos do MST

A longa trajetória de luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Brasil, em defesa da terra, da reforma agrária e da transformação da sociedade será reconhecida durante “Homenagem Popular MST 40 anos: só a luta muda a vida”, no dia 5 de junho, quarta-feira, na Praça Sete de Setembro, em frente à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN). A homenagem popular será entregue a dez companheiros e companheiras que construíram e contribuíram com o Movimento no RN e no Brasil. O evento é de proposição da deputada estadual Isolda Dantas (PT/RN), em articulação com demais parlamentares do PT/RN: a deputada estadual Divaneide Basílio, o deputado estadual Francisco do PT, a deputada federal Natália Bonavides, o deputado federal Fernando Mineiro e os vereadores do PT na Câmara Municipal de Natal, Brisa Bracchi e Daniel Valença, junto ao MST/RN.

A partir dos seus assentamentos rurais, grandes produtores agrícolas, o MST contribui na luta cotidiana de combate à fome no Brasil. A produção do movimento é alcançada pelo empenho de 185 cooperativas, 120 agroindústrias e 1900 associações espalhadas pela maior parte dos estados brasileiros, totalizando mais de 400 mil famílias assentadas e 70 mil famílias acampadas. “Reforma Agrária Popular é aquela em que, além de buscar redistribuir a terra em todo o país, assume a missão de produzir alimento saudável para o povo brasileiro; conservar os bens comuns dos povos; criar territórios de enfrentamento à toda forma de violência e com novas relações sociais, fundamentadas nos valores humanistas”, destaca a deputada Isolda Dantas.

A parlamentar, autora do Projeto de Lei para realização de uma Sessão Solene na Assembleia Legislativa – PL este derrubado em Plenário, ressalta que o MST reivindica terra para morar e produzir alimentos: “a luta é coletiva porque, como destaca o Movimento, as conquistas também são coletivas”, diz Isolda. “Para isso, é preciso um Plano Nacional de Reforma Agrária, pois a problemática da concentração de terra na mão de poucos é uma marca de formação da sociedade brasileira. Atualmente, 80 mil famílias estão à espera de assentamento, segundo dados do Governo Federal”, alerta a deputada.

O que são assentamentos?

Os assentamentos são territórios conquistados pelas famílias trabalhadoras Sem Terra. Eram latifúndios improdutivos, grilados, com crimes ambientais e/ou trabalhistas que, pela luta, foram transformados em território de reprodução social das famílias camponesas. As famílias assentadas vivem, trabalham e produzem principalmente alimentos, como objetivo principal a soberania alimentar

Produção do MST

Hoje, mais de 50 mil famílias Sem Terra implementam, atualmente, práticas agroecológicas e o MST lidera há mais de dez anos a maior produção de arroz orgânico da América Latina, conforme o Instituto Riograndense de Arroz (Irga). Foram colhidas mais de 16 mil toneladas na safra 2022/2023. Desde os primeiros dias da tragédia no Rio Grande do Sul, o MST realiza uma campanha para arrecadar fundos para ações de apoio às famílias atingidas nos diversos municípios gaúchos; todos os dias, mais de 2 mil refeições saem da cozinha montada no assentamento Filhos de Sepé, em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. No período da pandemia, o MST doou mais de 9,8 mil toneladas de alimentos e 2,5 milhão de marmitas para pessoas em situação de fome e insegurança alimentar.

MST no RN

O MST no RN fornece produtos para 55 escolas do estado e conta com cerca de 12 assentamentos e 8 acampamentos que produzem, anualmente, toneladas de 100 a 150 toneladas de mandioca, 100 a 120 toneladas de batata-doce, de 80 a 100 toneladas de macaxeira, de 150 a 200 toneladas de banana, de 70 a 90 toneladas de abacaxi, de 50 a 60 toneladas de grãos como feijão-verde e 90 a 100 toneladas de milho, além de 20 toneladas de frutas como caju e, em menor quantidade, acerola e goiaba. Apenas em 2022, o MST produziu 25 toneladas de arroz orgânico do tipo vermelho (da terra), na região do Vale do Apodi.

 

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Natália reúne pré-candidatos a vereador, sete partidos e representantes de movimentos sociais

A deputada federal Natália Bonavides, pré-candidata a prefeita de Natal, reuniu partidos, pré-candidatos, vereadores, movimentos sociais, sindicatos e representantes de diferentes instituições no Seminário de Plano de Governo neste sábado (27). A governadora Fátima Bezerra também foi ao encontro.

As vereadoras Brisa Bracchi, Júlia Arruda e Ana Paula, e os vereadores Daniel Valença, Milklei Leite e Herberth Sena também participaram do evento, além do deputado federal Fernando Mineiro e do deputado estadual Francisco do PT.

Representantes do PCdoB, PV, PDT, REDE, MDB, PSB e UP, além de secretários de Estado, movimentos sociais como o Movimento da População de Rua, MST, CUT e outras representações de trabalhadores foram até o auditório da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Rio Grande do Norte, na Cidade Alta, participar do evento.

O seminário oficializou o início dos debates para a construção do plano de governo que será apresentado por Natália. “Nosso programa está sendo construído a várias mãos, a partir das demandas da nossa cidade. Os partidos, movimentos sociais, sindicatos estão participando desse processo. Além disso, abrimos também ao público uma plataforma para que qualquer pessoa possa enviar propostas e apontar problemas da nossa capital”, disse Natália Bonavides.

A pré-candidata se refere ao site “Natal Merece Mais” (http://www.natalmerecemais.com.br), laçado durante o seminário e que está aberto ao público para contribuições ao seu programa de governo.

“Natal merece muito mais. A cidade ficou para trás em relação às capitais vizinhas, encolheu e está mal cuidada. Há muitos anos o mesmo grupo político comanda a prefeitura e já provou que não é capaz de cuidar de Natal. Chegou a hora de sairmos dessa mesmice”, declarou Natália.

O trabalho de construção do programa de governo segue em curso com as discussões de grupos temáticos com representantes de diferentes setores da sociedade.

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Isolda viaja à China para tratar da mecanização da agricultura familiar

 A deputada estadual Isolda Dantas (PT) anunciou que comporá a Delegação de Autoridades Políticas Brasileiras que visitará a China, em abril. Além de Seminário entre o Partido Chinês e o Partido dos Trabalhadores, a deputada terá reuniões com organizações, universidades e empresas chinesas para tratar do tema da mecanização da agricultura familiar, em busca de garantir, especialmente, a instalação de uma fábrica de máquinas na cidade de Mossoró (RN).

A delegação brasileira será composta por deputados estaduais e federais e senadores do Nordeste, liderada pela presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann. “Essa viagem é uma oportunidade para estreitar os laços e ampliar a troca de conhecimento, firmando a parceria China-Brasil pelo fortalecimento da agricultura familiar e desenvolvimento em Mossoró e todo o Rio Grande do Norte”, afirma a deputada.

Durante a visita da delegação da China em Apodi, a deputada participou de todas as atividades, dentre elas, reuniões, testagens e o Ato Solene do acordo de cooperação internacional, no qual fizeram parte o Consórcio Nordeste, a Universidade Agrícola da China (CAU), a Associação Internacional para a Cooperação Popular (AICP), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Associação de Fabricantes de Máquinas Agrícolas e o governo federal, por meio do programa Mais Alimentos. Na ocasião, João Pedro Stédile, da direção nacional do MST, anunciou a vinda de uma fábrica chinesa de maquinário para a cidade de Mossoró. Isolda celebrou a oportunidade e assumiu compromisso de concretizar esta promessa.

A agenda da deputada nos próximos dias será em Pequim, Xangai, Xiamen e Fujian inclui visitas às empresas PowerChina, Huawei, Kehua Data (Empresa de Nova Energia), Kelme (empresa de equipamentos e materiais esportivos), CATL (empresa de tecnologia de bateria), Chunlun Group, e às universidades Agrícola da China, Universidade de Shanghai Jiao Tong, além das visitas ao Centro de Inovação da parceria do BRICS para a Nova Revolução Industrial e ao salão de exposições temático “Eliminação da Pobreza” de Ningde.

Nenhuma atividade será custeada com verbas do governo ou da Assembleia Legislativa.

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Ministro cumpre agenda em Mossoró no sábado

O Incra RN, através do Superintendente, Lucenilson Angelo, que estará ao lado das famílias assentadas da reforma agrária, dos representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST e dos presidentes de associações de assentamentos, irá receber no próximo sábado (3) às 8h30, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, para realização de atividade na Maisa, no município de Mossoró.

A atividade também contará com a presença da Governadora do Estado, Fátima Bezerra e da diretora da Divisão de Desenvolvimento do Incra, Rose Rodrigues, e será realizada em três momentos: o primeiro será uma visita a produção da Agrovila Pomar, possibilitando aos visitantes, um maior e melhor conhecimento da realidade produtiva dos assentamentos da reforma agrária no Rio Grande do Norte, sobretudo, do maior assentamento do Estado e um dos maiores do Brasil, o PA Maisa. O segundo momento será um ato político, diverso e potente, com falas, apresentações e partilha de informações importantes para o povo do campo. Já o terceiro e último momento foi destinado à imprensa local, para realizar um quebra-queixo: um espaço para entrevistas rápidas com as autoridades presentes.

Toda essa programação faz parte de uma outra ainda maior, que tem como central, a visita do ministro e demais autoridades, ao centro de testagem de máquinas agrícolas, no município de Apodi. O espaço é oriundo de uma parceria entre o Governo do Estado, China, MST e consórcio Nordeste, que visam o avanço da agricultura familiar e da qualidade de vida do trabalhador, da trabalhadora e das famílias rurais.

O assentamento Maisa foi criado em 2003, tendo uma área de 19.701,0582 ha e capacidade para 1.150 famílias, as quais se dividem em dez agrovilas: Pomar; Poço 10; Paulo Freire; Apama; Real; Vila Nova l, ll, lll; Angicos e Montana. Possui uma produção intensa e diversificada, contemplando: mamão; maracujá; macaxeira; batata doce; caju; acerola orgânica; melão; melancia; banana; mel e derivados; feijão; milho; algodão; hortaliças; galinha; gado; ovino; caprino e suíno (maior produtor do RN).

Foram mais de 600 famílias da Maísa, contempladas com políticas públicas do Incra: 579 créditos de “fomento mulher” e 33 “apoio inicial”, aplicados e 600 títulos de domínio entregues, além disso, das 1.114 pessoas em processo de regularização, 72 são do maior assentamento do Rio Grande do Norte.

O ano de 2023 foi um ano de mudanças, ajustes e reconstrução. Ainda contando com o orçamento limitado, do governo que antecedeu o atual, a superintendência do Incra RN geriu com maestria as demandas internas, o baixo orçamento, as perspectivas/necessidades das famílias assentadas e das diretrizes do órgão que norteiam as superintendências de todo o país.

Tendo em vista o retorno de alguns objetivos e prioridades do órgão (de acordo com suas missões constitucionais) como obtenção de terras e regularização, o Incra criou um caderno de metas, para incentivar, ampliar e qualificar os serviços da autarquia em todos os estados. O documento foi composto com 23 metas nacionais, tendo apenas dez delas condizentes com a realidade do Rio Grande do Norte.

A atual gestão da superintendência estadual do RN, com muito esforço, comprometimento e responsabilidade, mesmo diante de muitos desafios, conseguiu se destacar e garantir seu lugar no “TOP 10” de quatro metas nacionais:

 Meta “Lote CAR” – 1º lugar no Brasil: Cadastro Ambiental Rural. Um registro público obrigatório para todos os imóveis rurais e agora feito também para os lotes individuais de cada assentado e assentada.

 Meta “Aplicação do crédito instalação” – 3º lugar no Brasil: Um dos créditos ofertados pelo Incra, que se divide em nove modalidades, visando o desenvolvimento do assentado e do seu assentamento.

 Meta “Emissão de títulos” – 5º lugar no Brasil: Último documento de posse da terra, destinado às famílias assentadas da reforma agrária.

 Meta “Emissão de CCU” – 6º lugar no Brasil: Contrato de Concessão de Uso. Um documento de posse da terra, emitido antes do Título de Domínio, que garante a família assentada, o acesso aos créditos oferecidos pelo Incra e outros programas do Governo Federal de apoio à agricultura familiar.

Além das metas nacionais, o órgão também gerou números expressivos, oriundos de uma ação exitosa, denominada de “Incra Itinerante”, que em três meses, teve 6º edições, contemplando quatro territórios do RN: Assu-Mossoró, Mato Grande, Potengi e Central Litoral Norte e realizando mais de três mil atendimentos, atingindo diretamente um passivo reprimido de mais de seis mil processos parados na autarquia, que foi se acumulando ao longo dos últimos 20 anos.

Os números são a prova concreta da dedicação, do trabalho e do compromisso de todos e todas, que atualmente constroem o Incra RN, e acreditam, que através da reforma agrária responsável, a transformação da sociedade, ancorada na diminuição da desigualdade social, no aumento da qualidade de vida das pessoas, a partir de um trabalho digno, do acesso a moradia, da segurança hídrica e alimentar, pode acontecer e está acontecendo.

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MST realiza festival “Por Terra, Arte e Pão” em Natal

O Festival do MST: por Terra, Arte e Pão chega na cidade de Natal (RN) nos dias 30 de novembro, 1 e 2 de dezembro de 2023 com extensa programação musical. O festival faz parte da primeira Feira Potiguar da Agricultura Familiar e Economia Solidária que é uma realização do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, executada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (SEDRAF-RN).

Para Matheus Mendes, do Coletivo de Cultura do MST, a realização do Festival na cidade de Natal tem uma importante simbologia para o conjunto do Movimento Sem Terra: “Com este festival pretendemos discutir a necessidade da Reforma Agrária Popular, a produção de alimentos saudáveis e o fortalecimento da cultura popular nordestina”, explicou Matheus.

“O MST se opõe ao avanço do uso de agrotóxicos, com uma produção diversificada e saudável em seus 40 anos de experiência na luta contra o agronegócio. Nossa programação dialoga com isso a partir das feiras com produtos da agricultura familiar camponesa, exposições, comidas regionais, espaços formativos e shows com grandes artistas locais e de renome nacional”.

O Festival faz parte, junto com diversas outras atividades realizadas desde o começo deste ano de 2023, tanto nos estados em que o Movimento está organizado quanto nacionalmente, das comemorações do aniversário dos 40 anos de existência e resistência do MST, a se completar em janeiro de 2024.

A programação musical conta com as apresentações de Juliana Linhares, Cátia de França, Nação Zumbi, Academia da Berlinda, Karina Burh e Odair José. Toda a programação será gratuita e aberta ao público.

Segundo Taisa Costa, militante do MST e uma das organizadoras do evento, o Festival do MST: por terra, arte e pão tem potencial de se transformar em grandes atos políticos em prol do movimento desde os estados, espaços de articulação política em defesa do MST, e de pautar a Reforma Agrária Popular.

“Nós enfrentamos a quinta CPI ao longo dos nossos 40 anos, temos mais uma vez em nossa história o desafio de dialogar com o conjunto da sociedade, de disputar a narrativa hegemonizada pela grande mídia e pelo agronegócio em nosso país”, afirma Taísa.

Pensando na importância da construção coletiva do festival, dos espaços pedagógicos, organizativos, políticos e culturais o MST abriu inscrições através de formulário eletrônico para voluntários contribuírem com a organização do festival nas equipes de comunicação, infraestrutura e concepção artística.

O Festival já passou por Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Maceió (AL), mas segue com uma ampla agenda até o próximo ano. Estão previstos Festivais ainda em João Pessoa (PB), Brasília (DF), Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Curitiba (PR) e Belém (PA).

PROGRAMAÇÃO OFICIAL

QUINTA- FEIRA (30/11)

– Asé Delas

– Fuxico de Feira convida Cínthia

– Zé Hilton

– Jarbas Acordeon

– Projeto Mulheres da Terra (Tiquinha Rodrigues, Isaar e Luana Flores)

– Cátia de França

– Juliana Linhares

SEXTA-FEIRA (01/12)

– Trio Trancelim

– Val Santos e Zé Pinto – MST

– Messias Paraguai

– Cida Lobo

– Academia da Berlinda

– Nação Zumbi

– Dj Samir

 

SÁBADO ( 02/12)

– Sulla

– Forró do Severo

– SouRebel

– Aiyra convida Fúria Negra

– Odair José

– Santana, o cantador

– Karina Buhr

Local: Centro Administrativo do Estado (Lagoa Nova)

A partir das 15h00

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“Incra Itinerante” chega a Mossoró nesta segunda-feira

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) através da superintendência regional do Rio Grande do Norte, deslocará parte de sua equipe para itinerar e levar os serviços da autarquia até às famílias assentadas. A segunda edição do “Incra Itinerante” acontecerá no município de Mossoró entre os dias 23 de outubro e 1 de novembro, das 09h às 17h, sendo realizado do dia 23 ao dia 27 de outubro na Escola Estadual Gilberto Rola – Vila Central – assentamento Maisa e tendo o atendimento do dia 28 (sábado) até meio-dia.  Já do dia 30 de outubro a 1 de novembro, a atividade acontecerá no prédio da FAEN – Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN, localizado na Rua Desembargador Dionísio Filgueira, 383 – Centro.

Criado em 2004, o assentamento Maisa é considerado o maior do RN, tendo 19.701,0582 hectares, dividido em dez agrovilas, com capacidade para 1.150 e tendo atualmente 1.122 famílias residindo. A produção de fruticultura, em especial o cultivo da acerola e do caju, é uma das principais fontes de renda dos trabalhadores e trabalhadoras rurais dessa região. Em Mossoró são 32 assentamentos totalizando 2.951 famílias que poderão ser beneficiadas com a atividade.

A iniciativa tem como objetivo garantir maior e melhor acesso das famílias assentadas aos serviços oferecidos pela autarquia federal, gerando assim, uma maior celeridade nas demandas retraídas, tendo em vista um passivo de mais de quatro mil processos parados oriundos das gestões passadas.

Para viabilizar a atividade, estão sendo feitas parcerias com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST, sindicatos, Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN, que irão disponibilizar estrutura e fortalecer a mobilização das famílias da reforma agrária. Dessa forma, o Incra leva parte de sua equipe para campo, priorizando as localidades com maior concentração de assentamentos.

O município de Bento Fernandes foi o primeiro contemplado à receber a ação, que ocorreu entre os dias 5 e 6 de setembro e contou com mais de 200 atendimentos, dentre eles: CAF, GRUS, atualização cadastral, títulos e informações sobre créditos. Estes foram realizados no Centro Administrativo Municipal, Tv Santos Dumont, 37, Bento Fernandes.

Como primeiro momento de realização da atividade, o Incra Itinerante não se limitou a um só município, passando também por Upanema, que na ocasião estava completando 70 anos de emancipação política e teve seu povo acolhido e atendido pelos servidores do órgão.

“Essa é a gestão do desenvolvimento e da responsabilidade, onde reafirma-se o compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras da reforma agrária. O Incra está de portas abertas para acolher as demandas, os anseios e os sonhos do povo do campo, assim como também está em alerta para fiscalizar qualquer ação ilegal cometida por seus beneficiários, que não respeitarem e honrarem com suas responsabilidades para que a reforma agrária aconteça em sua plenitude”, comenta Lucenilson Ângelo, Superintendente do Incra/RN.

O Incra Itinerante segue com sua programação até o final do ano, fomentando o desenvolvimento do Rio Grande do Norte e levando esperança aos potiguares do campo. Para mais informações através do número: 4006-2170 e pelo instagram: @incrarn.

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Justiça Federal envia processo que pede despejo do MST da BR-405 à Comissão de Conflitos

A Justiça Federal do Rio Grande do Norte enviou à Comissão de Conflitos Fundiários o processo de desocupação da margem da BR-405, no interior do estado potiguar, ocupada pelo Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Terra. A reintegração de posse foi um pedido do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT).

De acordo com Gustavo Barbosa, advogado do mandato da deputada federal Natália Bonavides que atuou na defesa do MST neste caso, a decisão da JF é histórica. Isso porque não é comum esse movimento da Justiça Federal em situações como essa.

Em 2018, a deputada Natália Bonavides, na época vereadora, participou da criação do Comitê de Conflitos Agrários da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (Sedraf), que desde então vem sendo acionado em situações como essa. Para o advogado Gustavo Barbosa, a instalação do Comitê tem contribuído para dar início a uma cultura de mediação no âmbito de processos judiciais dessa natureza.

Na determinação, o juiz Agnaldo Pereira de Andrade Segundo afirmou que o motivo da remessa foi a grande quantidade de pessoas em situação de vulnerabilidade social que se pretende retirar da faixa de terra às margens da rodovia.

Na Comissão de Conflitos, as possibilidades de mediação são maiores, evitando a retirada forçada e traumática de famílias de seus locais de moradia e muitas vezes também de trabalho. “Assim, busca-se resolver o problema da ocupação em faixas de domínio de BRs sem criar outro problema, respeitando os direitos humanos e a dignidade dos ocupantes”, complementou Gustavo Barbosa.

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MST ocupa área nas margens da BR 405

Na noite desta sexta (26), 500 famílias do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) ocuparam uma área às margens da BR 405, localizada no município de Mossoró no Rio Grande do Norte.

A ocupação tem o objetivo de reivindicar o direito ao acesso à terra, moradia e dignidade humana, alertando os órgãos responsáveis para que realizem a desapropriação da área para fins de Reforma Agrária, assim como prevê a constituição brasileira, implementando a política de assentamentos em áreas improdutivas e que não cumprem sua função social, como é o caso da referida área.

O MST defende a luta por uma redistribuição de terras, produção de alimentos saudáveis e barato para o povo do campo e da cidade, sem a utilização de veneno.

A ocupação vai tomando forma com a organização das famílias acampadas.