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1996-2024: PT no 2º turno em Natal e uma breve análise do cenário político no RN

Por Saul Oliveira*

Em 1996, O Partido dos Trabalhadores chegou ao Segundo Turno de Natal. Naquele ano, a então Deputada Estadual Fátima Bezerra, em seu primeiro mandato, frustou os sonhos da elite natalense e desbancou o candidato dos Alves e do então Governador Garibaldi, João Faustino (PSDB). E disputou com Vilma de Faria (PSB), candidata dos Maias, do Senador Jose Agripino Maia, sendo derrotada no 2º Turno, por 51,68% a 48,32%. Neste ano, a deputada federal Nátalia  Bonavides (PT) desbancou um Alves, Carlo Eduardo (PSD), considerado favorito ao pleito e avançou para a 2º disputa com o Deputado Federal Paulinho Federal Paulinho Freire (União Brasil), candidato do Prefeito Álvaro Dias (Republicanos), dos Senadores Rogerio Marinho (PL) e Stervenson Valentim (Podemos) e de outras figuras políticas,  indo da extrema direita a direita do RN. Sendo Freire,  eleito Prefeito de Natal, por 55,34% a 44,66%.

Em 2018, a eleitora de Jucurutu, Aparecida Brito, me falou Natália será a sucessora de Fatima Bezerra na política. Considero a sabedoria popular de uma riqueza imensa e muitas vezes ela desbanca leituras de analistas políticos. Neste caso, lembro de análises que subestimaram Natália e falaram que ela que seria menos competitiva até para chegar ao 2º turno no pleito de nossa capital.

Maior figura política que o Rio Grande do Norte viu surgir nos últimos anos, disse o presidente Lula em seu discurso, na Zona Norte de Natal em comício referindo-se a então candidata a Prefeita Natália.

A Deputada e a Governadora possuem semelhanças em suas histórias de trajetórias políticas. Já foram as mais votadas para Câmara dos Deputados e já disputaram um 2º turno em Natal. O presente, o passado e o futuro da esquerda e do campo progressista nas figuras dessas duas lideranças políticas.

Concluindo com uma breve análise do tabuleiro político do RN. Com os resultados das urnas quem vive na política sabe que 2026 é logo ali. No campo da Direita já ouvi de uma de Jornalista “Não terá majoritaria para todo Mundo”. Pois já aprece nomes como o atual Prefeito Alvaro Dias, os Senadores Rogerio Marinho e Stervenson Valetim, o Prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (União Brasil).

No campo progressista, Natália saiu com grande capital político e cacifada para qualquer disputa majoritária em nível do estado. A análise não só de hoje, com os resultados de 2022, me chamou a atenção de um eleitor do interior do estado num grupo criado de forma espontânea para campanha de Lula. “Está na hora de Natalia disputar cargos maiores”.

Volto a análise do resultado do 2º Turno em Natal e perspectivas para a próxima nova Gestão da Capital para de fato concluir. Sendo também Assistente Social gosto mesmo é de análises do povo quem possui a faculdade da Vida. Assistindo no Jornal Nacional a fala do Prefeito Eleito de Natal, me falou uma idosa: “Este que ganhou tem tudo para governar para os ricos, pois só falou em investir no turismo, quem faz turismo não é pobre”. A campanha foi pautada por sorteio de vagas em creches, cobertura da saúde no município, transporte público, problemas que afetam a maioria da população natalense.

*É assistente social.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

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Natália manifesta apoio a Jean ao comentar post do Blog do Barreto: “está reconstruindo a Petrobras”

A deputada federal Natália Bonavides rompeu o silêncio petista no Rio Grande do Norte em relação a condição de demissionário do presidente da Petrobras Jean Paul Prates.

Ao dar compartilhar notícia veiculada no Blog do Barreto a respeito de descoberta de um novo campo de petróleo na Bacia Potiguar ela cobriu Jean de elogios e disse que o petista está reconstruindo a empresa.

“Descoberta muito importante para a Petrobras no nosso estado, que foi dilapidada em governos anteriores e está sendo reconstruída pelo presidente @jeanpaulprates, que tem compromisso firmado com a permanência da estatal no RN”, escreveu.

A postagem de Natália vem no contexto em que Jean retomou fôlego para permanecer no cargo graças ao apoio do ministro da fazenda Fernando Haddad.

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Silêncio do PT sobre crise envolvendo Jean passa por 2026

Carlos Madeiro

UOL

Em meio à indefinição da permanência de Jean Paul Prates na presidência da Petrobras, um fato chama a atenção em seu berço político: nenhuma liderança do PT do Rio Grande do Norte tem saído na defesa do executivo.

Esse silêncio parece ter uma explicação única nos bastidores: o afastamento entre ele a a governadora Fátima Bezerra (PT), que não teria interesse em ver o colega de partido e ex-senador ganhar corpo político na Petrobras e se cacifar na disputa ao governo do estado daqui a dois anos.

Em 2026, Fátima deve voltar a concorrer ao Senado, deixando a cadeira para o seu vice e preferido para sucessão, Walter Alves (MDB). É pensando nessa costura com o MDB que ela quer evitar que Prates ganhe protagonismo e assim vire uma dor e cabeça para na disputa pelo Senado.

Na minha leitura, há uma resistência dela em formar chapa com Prates candidato a governador. E se ele fica mais de três anos na Petrobras, fica muito forte.Alan Lacerda, cientista político e professor instituto de políticas públicas da UFRN

A questão não é apenas para 2026: há uma distância de Prates com a base militante do PT — partido ao qual se filiou em 2013 —, que também não mexe qualquer palha para o defender em meio à fritura que sofre na Petrobras. O nome de Prates na companhia é uma escolha pessoal de Lula, sem maior influência potiguar.

Em resposta a rumores de sua substituição, Prates defende sua gestão e afirma que seu “trabalho não para”.

Entre militantes mais antigos, o carioca Prates é visto político sem ideologia do PT e “sem votos”, que só teria chegado ao poder pela escolha de Fátima pelo nome dele para ser candidato para o Senado em 2014 como primeiro suplente dela — Fátima venceu a disputa.

Um integrante do PT no estado, que não quis ser identificado, disse não enxergar “esquerda” em Prates e afirmou que, por isso, falta apoio da militância ao ex-senador.

Primeiro suplente por apoio financeiro

 

A escolha de Prates como suplente de Fátima veio da própria governadora — e não foi embasada necessariamente em ideologia, mas no fato de ele ser um empresário bem relacionado com setores econômicos locais (ele era presidente do Cerne, o Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia), o que renderia apoio financeiro à campanha, já que à época eram permitidas doações de empresas.

Outro ponto de crítica de petistas históricos é que Prates, antes de se filiar ao partido há uma década, tinha tido, até então, uma única experiência em cargo público, a de secretário de Energia no governo Wilma Faria (PSB), entre 2007 e 2010.

Foi ele quem deu início ao processo que levou hoje o estado a ser o maior gerador de energia eólica do país. Essa expansão, porém, é alvo também de críticas de vários setores da esquerda do ponto de vista social, ambiental e até histórico.

Senador por 4 anos

Apesar de parecer pouco atraente a princípio, a indicação para o cargo de primeiro suplente ao Senado era bem disputada porque trazia a expectativa de assumir os quatro anos finais de mandato — era de conhecimento geral que Fátima seria candidata forte ao governo do estado na eleição seguinte.

E foi o que ocorreu: Fátima venceu em 2018, e Prates herdou a cadeira de senador até janeiro de 2023, quando assumiu a Petrobras. No Senado, teve certo protagonismo, sendo líder da minoria durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Em 2020, Prates foi candidato pelo PT à Prefeitura de Natal. Apesar do apoio de Fátima e de Lula, teve 14% dos votos e acabou sendo derrotado no primeiro turno para o atual prefeito, Álvaro Dias (Republicanos), em sua reeleição.

Sua candidatura a prefeito, na verdade, visava mais encorpar seu nome para a disputa pela reeleição ao Senado. Como Prates não era muito conhecido, a exposição na capital era vista como uma boa propaganda.

Família Alves mudou tudo

Acontece que o PT de Fátima, numa costura que contou com Lula, resolveu se aliar ao MDB, que indicou Walter Alves (MDB), filho do ex-senador e ex-ministro Garibaldi Alves Filho (MDB), à vice. No acordo, Carlos Eduardo (PDT) foi o indicado candidato ao Sendo.

Em 2014, o PT havia vencido em uma chapa quase que puro-sangue, apenas com aliança com o PC do B.

Inicialmente, Prates reclamou de ser preterido, ameaçou ir para outro partido, mas segundo o UOL apurou foi convencido de que não teria chances sem a madrinha política Fátima.

Antes do prazo final de filiação, Prates publicou carta afirmando se manter no PT e aceitando novamente ser candidato a primeiro suplente —mas dessa vez ele perdeu, Rogério Marinho (PL) foi o eleito em 2022.

PT já tem candidata em 2024

Neste ano, seguindo ou não na Petrobras, Prates não será indiciado para disputar a Prefeitura de Natal: o partido aposta suas fichas em nome que tem ganhado força na esquerda local, a deputada federal Natália Bonavides.

Como o prefeito não pode mais se candidatar, nem há indicação ainda do nome que ele indicará ou apoiará, Natália é vista como uma das favoritas na disputa e tenta atrair partido para se lançar com apoio de Fátima e Lula.

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Gleisi cumpre agenda de dois dias no RN

A presidente nacional do PT a deputada federal pelo Parná Gleisi Hoffmann Brasil estará em Natal nos dias 15 e 16 de março para cumprir agenda relacionada as eleições deste ano.

O objetivo é participar da organização do PT potiguar paras eleições municipais deste ano.

O PT tende a lançar a deputada federal Natália Bonavides (PT) para disputar a Prefeitura do Natal e pode ter a deputada estadual Isolda Dantas disputando mais uma vez a Prefeitura de Mossoró.

O PT potiguar administra cinco cidades potiguares, a principal delas é São Gonçalo do Amarante onde Eraldo Paiva está em desvantagem contra o secretário estadual de desenvolvimento econômico Jaime Calado.

Confira a programação de Gleisi em Natal:

SEXTA – FEIRA (15)

ATO POLÍTICO COM GLEISI HOFFMANN

Hora: 18h

Local: Praiamar Hotel (Ponta Negra)

SÁBADO (16)

ENCONTRO COM MULHERES

Hora: 10h

Local: Praiamar Hotel (Ponta Negra)

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Esquerda potiguar celebra inelegibilidade de Bolsonaro

 

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) repercutiu entre os políticos de esquerda do Rio Grande do Norte que comemoraram a decisão.

A deputada federal Natália Bonavides (PT) defendeu que as punições avancem até chegar aos generais. “TSE declara Bolsonaro inelegível por conspirar contra eleições! Avanço contra o golpismo. Mas ele não agiu sozinho. Generais e ex-generais do seu entorno ameaçaram a democracia e devem ser punidos também”, frisou.

“O fato de Bolsonaro estar respondendo na esfera eleitoral mostra que faz muita diferença quando há quem denuncie. Enquanto no TSE são os partidos políticos que apresentam as ações, na esfera criminal tudo dependia da iniciativa de uma instituição aparelhada pelo Bolsonaro: a PGR”, complementou em outro post.

O outro deputado federal do PT, Fernando Mineiro, classificou a decisão que tornou Bolsonaro inelegível por oito anos por ataques ao sistema eleitoral como uma vitória da democracia. “A condenação do golpista no âmbito eleitoral é uma vitória da democracia contra a barbárie bolsonarista, mas esperamos que ele pague pelos outros inúmeros crimes que cometeu contra o país. Por ora, Jair já vai tarde”, afirmou.

A deputada estadual Isolda Dantas (PT) defendeu que Bolsonaro pague por todos os crimes que cometeu. “Que pague por todos os crimes que cometeu contra o povo brasileiro. Grande dia!”, escreveu nas redes sociais.

O deputado estadual Francisco do PT lembrou que além dos ataques a democracia, Bolsonaro contribuiu para mortes na pandemia.

A deputada estadual Divaneide Basílio (PT) afirmou que “Não existe maldade que se sustente e agora o ex-presidente começa a pagar por todos os desmandos que fez contra o povo brasileiro”.

O vereador de Mossoró Pablo Aires (PSB) classificou “a decisão do TSE é uma contundente resposta das instituições brasileiras a quem, por tanto tempo, menosprezou a democracia do nosso país. Num Estado de Direito, ninguém pode tudo, nem mesmo um presidente da república”.

O presidente da Petrobras Jean Paul Prates (PT) lembrou que quando era senador pediu o impeachment de Bolsonaro por causa da reunião com os embaixadores que resultou na decisão de ontem no TSE. “Cada pedido de impeachment que protocolamos teve como objetivo não deixar cair no esquecimento tais atos e deixá-los vivos na memória das pessoas e do próprio judiciário brasileiro”, escreveu no Instagram.

O vereador de Natal Robério Paulino (PSOL) avaliou que agora “só falta ser preso pelo genocídio de pelo menos meio milhão de brasileiros na pandemia”.

A governadora Fátima Bezerra (PT) não se manifestou sobre o assunto nas redes sociais.