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Deputado ironiza possível saída de Robinson do PSD: “o mundo CAPOTA!”

O deputado estadual Jacó Jácome (PSD) foi as redes sociais comentar a possibilidade do ex-governador Robinson Faria deixar o PSD para acompanha o filho/ministro das comunicações Fábio Faria na migração ao PP.

Jacó, acusado ano passado de infidelidade partidária por Robinson no ano passado, resgatou a história e foi a forra:

O presidente do PSD Robinson Faria deverá sair da sigla, seu filho deverá sair da sigla, o partido vai se esvaziando. São os mesmos que tentaram suspender meu mandato com um papel apócrifo e sem legitimidade, usaram blogs pra me chamar de infiel ao partido.

O mundo CAPOTA!

Jacó aguarda a abertura da janela partidária para deixar o PSD também, mas sem Robinson pode ser que mude de ideia.

 

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Mineiro desafia Fábio Faria: “por que você não sai candidato a governador do Estado?”

Após o ministro das comunicações Fábio Faria (PSD) dar declarações atacando a governadora Fátima Bezerra (PT) de que ela prejudicou a educação do Rio Grande do Norte durante a pandemia e que quem pagou as folhas atrasadas foi o presidente Bolsonaro (mentira desmentida até pelo Tribunal de Contas) o secretário estadual de gestão de projetos Fernando Mineiro (PT) desafiou o pessedista:

“Pergunta ao herdeiro do caos administrativo de 2018: se o nosso governo é ruim e fraco por que você não sai candidato a governador do estado agora em 2022, defendendo a herança do pai e a reeleição de seu chefe?  Vamos fazer o debate público?”, desafiou.

Mineiro lembrou do desastre administrativo que foi a gestão de Robinson Faria (PSD), pai de Fábio. “O bolsonarista FF, herdeiro do baú do desastre administrativo no RN, pousou no estado atacando a governadora nesse fds. Entre umas e outras, minimizou o rombo nas contas públicas deixado pelo governo do pai, fazendo pouco caso dos calotes no funcionalismo e nos fornecedores”, disparou no Twitter. “Ele não se conforma diante da evidência de que o Governo da Profa @fatimabezerra tirou o estado da UTI e não é o fracasso que ele desejava q fosse”, complementou.

Fábio Faria já descartou a ideia de se candidata a governador e prefere encarar uma disputa interna no bolsonarismo com o também ministro Rogério Marinho (PL).

 

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Allyson cada vez mais alinhado com Fábio Faria e o óbvio negado na campanha é escancarado

Nas eleições do ano passado um vídeo gravado pelo ex-governador Robinson Faria (PSD) causou alvoroço no debate público.

Não era para menos. Trata-se de um dos políticos mais impopulares do Estado declarando apoio ao nome do candidato que estava virando o jogo na disputa eleitoral, no caso o então deputado estadual Allyson Bezerra (SD).

“Allyson é nosso futuro prefeito”, frisou. (ver vídeo abaixo).

Na época este jornalista foi agredido nas redes sociais pela militância do hoje prefeito. Alegavam que escrevi uma fake news e que Robinson fez apenas uma “análise”.

Arengavam com os fatos, diga-se.

O vice de Allyson era e é Fernandinho que é do PSD de Robinson. Isso por si só já seria o suficiente para compreender o teor do vídeo. Mas outro fato inegável estava na cara: político nenhum, ainda mais um experiente como o ex-governador, faz elogios por fazer. Manifestações positivas são reservadas aos aliados.

O tempo jogou a favor de quem estava apenas retratando a realidade.

Logo após a posse de Allyson foi Fábio Faria, ministro das comunicações e filho de Robinson, quem abriu as portas de Brasília para o novo prefeito de Mossoró.

Vários fatos evidenciam essa aliança. Um deles é que Allyson nunca fez críticas públicas a Fábio, mas já fez ao outro ministro bolsonarista Rogério Marinho de quem cobrou parcerias.

Em outubro, ao visitar Mossoró, Fábio separou um tempo na agenda para uma conversa reservada com o prefeito.

Esta semana Fábio atuou como cicerone de Allyson nos ministérios ajudando o prefeito a anunciar parcerias com o Governo Federal.

Ninguém gasta prestígio para ajudar adversários em nome do republicanismo. Prova disso é que o pai de Fábio quando governador teve as portas fechadas no governo Temer, o que agora ele e Marinho ajudam a fazer com a governadora Fátima Bezerra (PT).

Não deveria ser, mas política é assim.

Fábio ajudou Allyson a arrumar R$ 15 milhões para saúde porque existe uma parceria política entre Solidariedade e PSD não só em Mossoró, mas no RN. Tanto que o deputado estadual Kelps Lima (SD) já declarou apoio ao nome de Fábio Faria para o Senado.

Espero que da próxima vez não se iludam com versões fantasiosas e aceitem a realidade.

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“Tem um consórcio entre Robinson Faria e a oposição”, diz deputado sobre interesses por trás da CPI

Francisco do PT aponta envolvimento de Robinson com a CPI (Foto: reprodução)

Em entrevista ao Foro de Moscow, o deputado estadual Francisco do PT declarou que a CPI da covid-19 na Assembleia Legislativa é fruto de uma articulação entre o ex-governador Robinson Faria (PSD) e a oposição.

Ele disse ainda que não há qualquer preocupação do Governo em ter que enfrentar uma CPI.

Confira a fala de Francisco do PT:

Confira o programa completo:

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Reportagem

Técnico ou político? Estudo revela perfil dos secretários estaduais do RN ao longo de 20 anos

Um estudo realizado pelos professores Sandra Gomes, Alan Daniel Freire de Lacerda e André Luís Nogueira da Silva traçou o perfil do secretariado potiguar entre os anos de 1995 e 2015, um trabalho que visou identificar se existiu no período que abrangeu seis gestões (quatro eleitas – Garibaldi Alves Filho, Wilma de Faria, Rosalba Ciarlini e Robinson Faria- e dois mandatos “tampões”- Fernando Freire e Iberê Ferreira) houve predominância técnica ou política, além da influência dos acordos forjados na Assembleia Legislativa.

Alan Lacerda e Sandra Gomes são do Departamento de Políticas Públicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) enquanto que André Luís é da Escola de Administração de Empresas de São Paulo e Fundação Getúlio Vargas.

Eles identificaram no trabalho que a lógica das relações entre o Governo do RN e a Assembleia Legislativa não é necessariamente a mesma que ocorre entre o executivo federal e o Congresso Nacional. “Nem todos os partidos da base parlamentar detêm nomeações para o secretariado e não se observam regras de proporcionalidade ao tamanho das bancadas no Legislativo. A análise das trajetórias pessoais dos secretários e secretárias no Rio Grande do Norte sugere haver outras lógicas que explicam suas escolhas”, diz o artigo.

Apesar disso, houve variações significativas no perfil do secretariado entre os governos dentro dos critérios estabelecidos no estudo que dividiu os secretariados em quatro categorias:

  • Político
  • Técnico
  • Técnico e político
  • Nem político nem técnico.

Confira no quadro abaixo a conceituação dos critérios:

No período entre 1995 e 2015 coube a Rosalba Ciarlini (na época do DEM) o título de governadora que formou a equipe mais técnica. Enquanto Robinson Faria (PSD) que, teve apenas o início da gestão analisado, ficou com o título de quem mais aliou características técnicas e políticas na equipe. O segundo governo de Garibaldi Alves Filho (PMDB) – 1999/2002 – foi o que registrou o maior perfil político.

Confira no quadro abaixo:

Em conversa com o Blog do Barreto (entrevista na íntegra será publicada amanhã), Alan Lacerda, um dos autores do trabalho, explica que os elementos políticos e partidários na formação dos governos se mescla com questões familiares e que seria necessário saber como se deu a formação nos escalões inferiores. “Isso varia um pouco entre os governos, e dentro de cada um deles. O governo Garibaldi, por exemplo, foi o mais “partidário” no período 1995-2015. A rigor, argumentamos que o elemento partidário se mescla com redes familiares e pessoais de confiança do governador. É importante também chamar a atenção para o segundo escalão e a administração indireta estadual, que não foram objeto de nossa pesquisa. Talvez neles resida outro padrão, que qualifique o que dissemos no trabalho, ou seja, um padrão no qual o perfil partidário das bases governistas na Assembleia é atendido de um modo mais claro”, explicou.

Apesar das variações entre os governos o estudo avaliou que a característica que mais se sobrepõe nos Governos do RN é o que alia perfil que conjugam características técnicas e políticas. “Na grande maioria dos governos, o uso de critérios puramente técnicos, considerando tanto a concepção restrita quanto a ampliada, se sobrepõe às escolhas com viés unicamente político e os governos potiguares têm optado pela combinação de qualificações técnicas e políticas ao mesmo tempo”, diz o artigo.

Isso se deve ao faro de que as conexões partidárias se mesclam com as conexões pessoais e familiares, inclusive se estendendo aos secretários considerados técnicos. “Que fique claro – há coalizão, mas os partidos só podem ser tomados como unidades de análise em certas agremiações e determinados momentos, assim como em determinadas secretarias. A inclusão dos partidos não parece se guiar por cálculos restritos à Assembleia e as nomeações ditas técnicas refletem uma associação e concepção alargadas da competência funcional da pessoa, como vimos na discussão da Seção 1. Daí o sentido de ambiguidade, ou de não univocidade, detectado por nós durante a investigação. Boa parte da discussão empreendida aqui pode ser reexaminada e qualificada, em futuro inquérito, sob o ângulo da “coalizão mitigada”, conclui o trabalho.

Governos do RN se pautam pela composição partidária da Assembleia na hora de forma o primeiro escalão

Eleita com coligação reduzida, Wilma precisou compor com a Assembleia Legislativa, mas manteve postos chave na “cota pessoal”(Foto: reprodução)

A pesquisa traz também um quadro comparativo entre o quadro partidário na Assembleia Legislativa e a ocupação de espaços pelos partidos no primeiro escalão.

O estudo mostra que em democracias parlamentaristas são os partidos que pinçam de seus quadros os indicados para compor os governos. Eles também comparam a situação no RN com estudos como o de Sandes-Freitas & Massoneto (2017) que apontam peso partidário nas nomeações no Piauí e São Paulo. Ele também cita o trabalho de Passos (2013) sobre o Rio Grande do Sul que indicou o PDT ocupando 85% das secretarias na gestão de Alceu Colares (1991/95) comparada com a de Antonio Britto (1994/98) que fez um governo todo montado a partir de indicações partidárias.

O estudo levanta a hipótese de a menor participação dos partidos numa Assembleia Legislativa se dê pela baixa quantidade de parlamentares, no caso do RN 24. “Há aspectos especificamente estaduais que devem figurar na reflexão. Um ponto objetivo óbvio, mas raramente notado nessa discussão, merece menção: assembleias estaduais são bem menores que o Congresso Nacional. A maior assembleia estadual, a paulista, tem menos de cem integrantes – a sua congênere potiguar, nosso objeto aqui, possui 24 deputados. A tarefa de compor o secretariado, se pensamos a questão estritamente em termos de escala, é facilitada. O governador pode, por exemplo, fazer contatos pessoais, facilitando transações eleitorais relacionadas ao pleito de um prefeito. Alguns deputados estaduais podem valorizar mais sua influência em disputas municipais do que a ocupação de espaços na administração estadual”, afirma.

No período analisado, Garibaldi Alves Filho teve a gestão com maior peso partidário sendo que o seu partido, o PMDB, no primeiro governo ficou sobre-representado, situação que mudou no segundo mandato quando a agremiação indicou 54% das pastas. “É verdade que o PMDB também detinha maioria similar de deputados na base aliada, mas precisamos considerar que um subconjunto das indicações não tinha critério partidário. Levando em conside[1]ração apenas as indicações de filiados a partidos da base para secretário, quase 80% é dirigida a peemedebistas. Mesmo o PPB (antigo PPR) obteve apenas duas secretarias, ou cerca de 8% do total da “cota” destinada aos partidos, apesar de possuir 35% dos deputados da coalizão governativa (Macedo, 2017; Santos, 2017)”, destaca o trabalho.

Eleita com uma coligação pequena, que terminou por ampliar a base no segundo turno, Wilma de Faria precisou atrair aliados para garantir apoio no parlamento. Ela precisou abrir mais espaço para os partidos. “As nomeações de Wilma se espalham no seu próprio partido e por PFL, PT, PDT, PCdoB, PPS, PL (posteriormente PR), PTB, configurando-se um cenário de maior fragmentação partidária derivado em parte da própria Assembleia. A pesquisa detectou grande quantidade de indicações na cota pessoal da governadora, assim como técnicos com perfil político no sentido amplo do termo (ver Tabela 1 na Seção IV) e o PSB não tem a dominância observada no PMDB em governos anteriores. Os peessebistas mantêm quatro secretários nos primeiros (2003-2006) e segundo (2007-2010) mandatos, dentro de um total de onze e treze indicações estritamente partidárias, respectivamente. Em todo caso, o governo é claramente majoritário na Casa até o início de 2010. Há diversas mudanças partidárias na composição da coalizão nos dois mandatos”, explica o estudo.

Já Rosalba (ver texto abaixo) montou um governo predominantemente técnico e com secretários alinhados a ela e ao marido Carlos Augusto Rosado. Enquanto Robinson Faria, apesar da retórica do “governo técnico” ele acabou montando uma equipe que aliou os dois perfis sendo que das nove indicações com filiações partidárias cinco foram do PT que tinha apenas um deputado estadual.

O então governador preferiu montar a base negociando apoios no “varejo”.

O trabalho conclui que os governantes não optaram por formar o secretariado levando em consideração a proporcionalidade dos partidos na Assembleia Legislativa.

Confira:

Como caracterizar as principais gestões analisadas em conexão ao seu relacionamento com o legislativo? Qualquer classificação é provisória a essa altura da investigação, mas é possível definir certos parâmetros de maioria no que toca à consistência da mesma. Sendo assim, o governo Garibaldi pode ser designado como partidarizado, majoritário e de dominância clara do partido do governador sobre o primeiro escalão; na Assembleia cede-se espaço a um partido aliado (PPB). O governo Wilma é partidarizado, majoritário e sem dominância do seu partido sobre o secretariado, ocorrendo incidência de “cotas pessoais” em cargos importantes; na Assembleia cede-se espaço a um partido aliado (PMN). O governo Rosalba apresenta baixa partidarização, sem núcleo partidário dominante seja na base legislativa seja no secretariado. Por fim, o governo Robinson (aqui estudado apenas na primeira formação do secretariado) exibe baixa partidarização com obtenção individualizada de apoios no legislativo potiguar. De modo geral, não constatamos tentativas claras de dar maior proporcionalidade às indicações partidárias no que concerne a postos de primeiro escalão e bancadas na assembleia estadual.

Cota pessoal

Um ponto que iguala Garibaldi e Wilma diz respeito ao critério de “cota pessoa”. Sendo que no primeiro, as pessoas com esse perfil já se encontravam no PMDB e na segunda ela manteve pessoas com esse perfil em postos chave. Enquanto Rosalba preferiu trazer pessoas de sua confiança dos tempos em que foi prefeita de Mossoró. “Fica claro, portanto, que as proporções partidárias na Assembleia Legislativa não figuram de imediato ou regularmente nos cálculos dos governantes estaduais. Elementos derivados das famílias políticas potiguares reforçam a necessidade de alianças que são pessoais entre os nomeados e o governador”, destacou.

Aposta em perfil técnico não garantiu gestões bem avaliadas

Robinson tentou aliar perfis e não conseguiu se reeleger (Foto: reprodução)

Entre 1995 e 2015 somente dois governadores conseguiram se reeleger e foram justamente os que menos trabalharam com equipes mais técnicas: Garibaldi Alves Filho e Wilma de Faria (na época no PSB).

Já Rosalba Ciarlini e Robison Faria que montaram equipes mais técnicas terminaram registrando altos índices de impopularidade e não conseguiram se reeleger. Vale lembrar que Rsalba sequer chegou a tentar a reeleição e Robinson teve apenas o primeiro ano de mandato avaliado.

O estudo mostra que aposta na equipe técnica terminou por refletir no desempenho político da governadora Rosalba que teve crises sucessivas com Assembleia Legislativa e outros poderes. Ela chegou a ter apenas 7% de aprovação em dezembro de 2013, sendo a pior avaliação entre os gestores estaduais no país. “O caso do governo Rosalba é exemplar disto. No critério restrito, teria sido a administração mais “tecnicamente competente” dentre todos os governos. Mas isto não garantiu um gover[1]no bem-sucedido, ao contrário: Rosalba sofreu com problemas na manutenção de sua coalizão político-partidária, uma gestão pública desastrosa em muitas frentes (crise na Penitenciária de Alcaçuz, decreto de calamidade pública na saúde pública, um ajuste fiscal que paralisou serviços públicos etc.), inclusive com ameaças de impeachment, e teve vida curta, não a habilitando, nem mesmo, para concorrer à reeleição”, diz o estudo.

O professor e cientista político Alan Lacerda, um dos autores do trabalho, destaca que no caso de Robinson as dificuldades se deveram à fragilidade da equipe. “O secretariado de Robinson, em termos de gestão, tinha o mesmo nível que seu chefe. Quadros frágeis, inclusive na sensível área da segurança pública, sem capacidade de definir prioridades. A rigor, o governador vendeu um governo técnico que nunca existiu. Não basta encher o governo de técnicos para que uma gestão tenha excelência técnica; os técnicos precisam ser bons e ter uma orientação política clara do principal gestor”, avaliou.

Amanhã publicaremos uma entrevista com um dos autores do trabalho.

Leia o estudo na íntegra

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Decisão judicial respalda intervenção de Robinson na bancada do PSD na Assembleia

Jacó e Robinson estão em pé de guerra no PSD e isso respinga na CPI da covid-19 (Foto: web/autor não identificado)

A queda de braço entre o ex-governador Robinson Faria (PSD) e o deputado estadual Jacó Jácome (PSD) teve um novo capítulo nesta segunda-feira com a decisão da juíza Arklenya da Silva Pereira, da 8ª Vara Cível em Natal.

Robinson interveio na bancada do PSD, de maioria governista, que escolheu Vivaldo Costa como líder. A decisão teve como consequência a saída do partido do blocão partidário que garantiu maioria para a posição na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 na Assembleia Legislativa mesmo ela sendo minoritária no plenário.

A magistrada argumentou que o Estatuto do PSD em seu artigo 79, inciso VIII, prevê que nos casos de gravidade ou urgência o Relator poderá indicar, e o Presidente da respectiva Comissão Executiva poderá adotar, a aplicação sumária e liminar de qualquer das medidas disciplinares previstas, observada a prerrogativa especial conferida pelo art. 13, no caso de Representações dirigidas à Comissão Executiva Nacional. “Ao meu ver, a questão parece se tratar de uma medida a ser decidida pelos próprios partidários, não sendo cabível a interferência do Poder Judiciário neste sentido, sobretudo pelo fato da parte autora não ter trazido aos autos demonstração de existência de ilegalidade”, justificou na decisão.

Assim ficou valendo a decisão de Robinson Faria que suspendeu Jacó e Vivaldo Costa das atividades partidárias permitindo que o único deputado estadual de oposição assuma o status de líder do partido.

O início da CPI foi suspenso até que fosse toma uma decisão judicial sobre esse imbróglio.

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Deputado processa próprio partido e dispara: “episódio grotesco e de tirania”

Jacome e alta cúpula do PSD no RN vem protagonizando embate (Foto: AL;RN)

Durante a Sessão da Assembleia Legislativa do RN na manhã de hoje (01), o deputado Jacó Jácome (PSD) discursou a respeito da suspensão de atividades partidárias que recebeu do seu partido, o PSD. Jacó informou que já entrou com uma ação cautelar anulatória da medida, na Justiça Comum, e está aguardando o julgamento.

O Blog do Barreto já havia noticiado que o deputado Jacó Jácome estava em rota de colisão com lideranças do PSD, desde que o ex-governador Robinson Faria, Presidente Estadual do partido, decidiu substituir a liderança da legenda na assembleia legislativa, o que foi tratado por Jácome como uma intervenção antidemocrática (Veja mais AQUI)

Jácome explicou que o PSD suspendeu suas atividades partidárias alegando que suas declarações estavam indo de encontro ao estatuto da legenda. O deputado contou que Jacó ele e seu colega de legenda na AL/RN, deputado Vivaldo Costa, realizaram uma eleição democrática, cumprindo todos os requisitos formais, e com dois votos a favor Vivaldo foi eleito líder do partido. De acordo com o deputado, após isso, foi iniciado um movimento para anular a eleição.

“Logo depois nós recebemos uma notificação extraoficial do PSD, dizendo que estaríamos indo contra os estatutos. Mas o próprio PSD está descumprindo suas regras estatutárias, já que o previsto é apenas a suspensão das atividades partidárias de um parlamentar, nunca suas atividades como um todo. Mas o PSD suspendeu as minhas atividades partidárias. Repito: não há previsão legal para isso. O partido, além de promover um episódio grotesco e de tirania, está infringindo o próprio estatuto. Jamais o partido poderia interferir no meu mandato”, criticou.

Segundo o deputado, ele utilizou todos os recursos políticos e administrativos para dialogar com a direção da Executiva Estadual do PSD, mas não obteve resposta. “Nunca houve nenhum feedback para guiar os filiados no sentido de qual seria a orientação político-partidária que deveríamos adotar no RN”, detalhou.

Jácome também criticou a Mesa Diretora da AL. Para ele, não houve respeito jurídico aos ritos formais da Casa legislativa. “Como a Mesa aceitou a imposição partidária, eu comunico a todos que, na noite de ontem, nós protocolamos na Justiça Comum, uma ação cautelar anulatória dos atos antidemocráticos do partido contra a minha pessoa e a do deputado Vivaldo Costa. O processo já está tramitando, e nós vamos aguardar o julgamento, certos de que venceremos”, concluiu.

CPI – O anúncio de que Jacó Jácome está processando o PSD e toda a confusão gerada pela dança de cadeiras no partido acabou adiando o início da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a conduta do Governo Estadual na gestão da pandemia. 

O adiamento visa aguardar que a Justiça se pronuncie sobre o imbróglio envolvendo o partido, que foi incluindo no bloco oposicionista formado por PSDB, MDB, SD, PSC, PROS, e DEM mesmo com a maioria dos parlamentares se posicionando contra. A manobra foi possível graças a uma intervenção do ex-governador Robinson Faria, presidente estadual do PSD, que suspendeu os deputados Jacó Jácome e Vivaldo Costa das funções partidárias  (Veja mais sobre isso aqui)

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Deputado afirma que CPI da Covid-19 na Assembleia é eleitoreira e admite que deve mudar de partido

Jacó reage à punição de Robinson (Foto: reprodução/Blog do Barreto)

Entrevistado no Foro de Moscow nesta segunda-feira o deputado estadual Jacó Jácome (PSD) disse que a CPI da covid-19 na Assembleia Legislativa tem um caráter meramente eleitoreiro.

“Serve apenas para ajudar dois ou três deputados no projeto de reeleição”, avaliou.

O deputado também diz estar sofrendo uma perseguição por parte do ex-governador Robinson Faria, presidente estadual do PSD, que o suspendeu das atividades partidárias e interveio para impor o nome Galeno Torquato como líder do partido quando a bancada tinha escolhido Vivaldo Costa. “O PSD há muito deixou de ser um partido para servir aos interesses de Robinson que quer apenas desgastar a governadora”, disparou. A decisão de Robinson será contestada na Justiça.

Jacó disse que estuda sair do PSD por duas formas: ou pela via jurídica ou autorizado por Robinson. “Não vou fazer o que eles querem e perder o mandato”, avisou.

O deputado disse ainda que não faz parte da bancada da governadora Fátima Bezerra (PT) e se colocou como independente.

Ivermectina

Estudante de medicina, Jacó Jácome lamentou que políticos tenham defendido o uso medicamentos cm ineficácia comprovada contra a covid-19, como a ivermectina. “Se preocuparam mais com a política”, analisou.

Confira o programa completo:

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Deputado acusa Robinson de fazer manobra para oposição ter maioria na CPI da covid-19

Para Jacó intervenção de Robinson é arbitrária, injusta e truculenta (Foto: ALRN)

Em entrevista ao Portal Agora RN o deputado estadual Jacó Jácome (PSD) criticou a decisão do Ex-Governador Robinson Faria, presidente do PSD no RN, de substituir o líder da legenda na bancada legislativa. O partido possui hoje três deputados na Assembleia Legislativa do RN (ALRN), Vivaldo Costa, Galeno Torquato e o próprio Jacó. Robinson destituiu Vivaldo e colocou Galeno em seu lugar.  

De acordo com a reportagem, o que se especula é que a “dança das cadeiras” na liderança do PSD pode ser uma maneira de garantir maioria da oposição na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a gestão da pandemia no RN e denúncias de supostas irregularidades no Governo de Fátima Bezerra no período.  Com a maioria oposicionista na comissão, presume-se um degaste maior na imagem da Governadora, algo que interessaria Robinson.

“Recebi com indignação a decisão arbitrária, injusta, truculenta do ex-governador. Tal comportamento mostra o momento de desespero que passa o comando do partido no Estado. Talvez pelo fato de estar inelegível e sem mandato, Robinson suspende uma eleição democrática realizada por dois deputados estaduais”, disparou Jacó Jacome ao Portal Agora RN

Além de criticar a manobra operada pelo ex-Governador Jacó Jacome também fez um duro desabafo acerca do período em que decidiu se filiar ao PSD. Segundo ele, nem Robinson nem Fábio Faria (hoje Ministro das Comunicações) abriram diálogo democrático com os deputados e militantes do partido.

“Em mais de dois anos o ex-governador e Fábio Faria nunca me atenderam nem passaram orientações partidárias, deliberativas ou se quer reuniram democraticamente os seus deputados para discutirem assuntos pertinentes ao estado ou posicionamento político que o partido deveria seguir” afirma o deputado.

Jacó no Foro de Moscow – O deputado Jacó Jacome será o entrevistado do Foro de Moscow na próxima segunda-feira (28). Na oportunidade, os jornalistas Bruno Barreto e William Robinson Cordeiro conversam com parlamentar que contará mais sobre as mágoas e desavenças com o ex-Governador Robinson Faria e as articulações na ALRN para viabilizar a instauração da CPI. O programa vai ao ar a partir das 12h e você pode assistir CLICANDO AQUI  

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Análise

A “dor de cotovelo” de Robinson

Robinson se irrita com pergunta sobre salários atrasados (Foto: autor não identificado)

De passagem por Mossoró o ex-governador Robinson Faria (PSD) não conseguiu disfarçar a dor de cotovelo em relação à sucessora.

Provocado a comparar as duas gestões pelo repórter da Difusora Joãozinho GPS o pessedista perdeu a esportiva e apelou para a surrada fake news dos recursos federais já desmentida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e perdeu a esportiva reclamando da pergunta ao dono da Rádio Difusora Paulo Linhares que não lhe deu cabimento.

Robinson teve uma semana dura em que foi chacota nas rede sociais por causa de uma fala sua distorcida sobre um suposto clamor popular por sua volta.

Justo ele que deixou o Governo do Estado com quatro folhas atrasadas.

Se recuperar a elegibilidade ele será candidato a deputado federal.

Deixo aqui a entrevista de Robinson à Difusora: