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Para o “moralista” General Girão ser corrupto pode, o que não pode é ser de esquerda (mesmo que os citados não sejam)

“Moralista” daqueles com o dedo apontado para chamar quem não gosta de “corrupto”, o deputado federal General Girão (PL), como todo bolsonarista não sustenta o discurso diante dos fatos.

Questionado em entrevista a 98 FM, Girão declarou que o ex-vereador de Natal que disputa a Prefeitura de Parnamirim Salatiel de Souza (PL) está perdoado pelo envolvimento no escândalo que resultou na Operação Impacto, que apurou corrupção de edis na votação do Plano Diretor de Natal em 2007.

Para justificar a posição, ele se apegou a Bíblia, mesmo livro escrito na “Era do Bronze” citado pelos bolsonaristas para discursos homofóbicos, racistas e misóginos, mesmo a mensagem de Jesus Cristo caminhando em sentido oposto, ou seja, de tolerância e respeito.

“A Bíblia é muito clara em relação a isso. Jesus pediu: ‘aquele que nunca pecou que atire a primeira pedra’. As pessoas pecam, erram. Muitos políticos hoje com mandato cometeram erros no passado, se corrigiram e vieram para dentro. As pessoas que eu tenho apoiado que cometeram erros no passado estão se corrigindo.Tem muitos que não se corrigiram e que ficam querendo pregar moral com as cuecas aparecendo. A gente tem que ter convicção e ser coerente com as pessoas e nossas consciências”*, disse.

Na visão do militar fardado de político, ser corrupto pode. O que não pode é ser de esquerda ainda que de esquerda a pessoa não seja. Um parêntese: quem não for bolsonarista, para o bolsonarista é “de esquerda”.

“Não tem opção em Parnamirim que não seja votar em Salatiel. Se não, é votar na esquerda. Não tem opção em Natal que não seja votar em Paulinho Freire. Se não, é votar na esquerda. Carlos Eduardo e Natália Bonavides (adversários de Paulinho) são dois políticos de esquerda. A gente não quer entregar o poder para a esquerda, porque temos um exemplo negativo no Rio Grande do Norte”, disse Girão.

Lembrando que dos nomes citados só a deputada Natália Bonavides realmente é de esquerda.

Em síntese: para Girão o que não pode é ser de esquerda, LGBTQA+, negro, feminista e outras posturas que o bolsonarismo não tolera. Se for corrupto e abraçar a cartilha das atrocidades que Jair Bolsonaro e seus cupinchas reproduzem está liberado.

*Aspas extraídas do Portal Agora RN.

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O que Rogério tem a dizer sobre superfaturamento na Codevasf na gestão dele?

O senador Rogério Marinho (PL) era o ministro do desenvolvimento regional na época em que ocorreram os casos de superfaturamento na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) identificados pela Controladoria Geral da União (CGU).

A estatal estava sob o comando da pasta que Marinho comandava no Governo Jair Bolsonaro (PL).

A suspeita é de desvios que somam R$ 7,3 milhões em superfaturamento em contratos para colocação de asfalto em 10 estados, entre eles o Rio Grande do Norte.

As irregularidades no RN foram encontradas nas cidades de Tangará, Lajes, Campo Redondo, Jaçanã, Santa Cruz, Lagoa Nova, Parelhas, Currais Novos e Lajes Pintadas.

Até agora Rogério não deu qualquer declaração sobre o assunto. Se fosse algum adversário da esquerda certamente estaria usando a expressão “aparelhamento do estado” que repete como um mantra apapagaiado.

Rogério Marinho é apontado como um dos protagonistas do escândalo conhecido como “Tratoraço” que usava justamente a Codevasf para irregularidades com o dinheiro público.

E aí, Rogério o que o senhor tem a dizer sobre esse escândalo da época que a Codevasf estava sob sua influência?

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Desaprovação de Fátima está alastrada em todos os municípios pesquisados no RN

A impopularidade da governadora Fátima Bezerra (PT) deixou de ser um fenômeno restrito a Natal e Parnamirim e se alastrou pelo interior do Rio Grande do Norte, onde a petista se mostrou fortíssima nas três ultimas eleições quando se elegeu senadora e depois para o executivo estadual em duas oportunidades.

A desaprovação nas cidades do interior tem variado entre 55 e 58%, já em Natal e Parnamirim, principais municípios da região metropolitana da capital, está na faixa de 70%.

A gestão dela apresenta bons números na segurança e mantido a folha salarial em dia, mas tem sido insuficiente em setores da educação, saúde e infraestrutura.

A governadora entrou numa espiral negativa desde os ataques criminosos realizados em março do ano passado e não conseguiu melhorar a imagem da gestão. Para piorar ainda mais a situação pipocaram imagens e denúncias sobre as péssimas condições das estradas estaduais, derrubando a avaliação do Governo.

Ela lançou um programa de recuperação de estradas e tem poucos menos de dois anos para se desincompatibilizar do Governo para disputar o Senado com melhora na avaliação. O abril de 2026 parece distante, mas para o tempo da política a margem bem curta.

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Homenagem ao MST não pode, mas pode título de cidadania para Bolsonaro e governador de São Paulo

Não faz dois meses que os deputados estaduais de direita impediram a deputada estadual Isolda Dantas (PT) de realizar uma sessão solene em homenagem aos 40 anos de fundação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), um dos mais importantes do país.

O ódio ao movimento social impediu que a homenagem fosse realizada mesmo com o MST sendo o maior produtor de arroz orgânico do país e sendo fundamental para a agricultura familiar que ajuda a abastecer a mesa dos brasileiros.

Esses mesmos deputados, sem qualquer resistência parlamentar ou polêmica na mídia potiguar, conseguiram aprovar com facilidade os títulos de cidadania potiguar para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Bolsonaro é famoso pelas frases preconceituosas em relação aos nordestinos e durante os quatro anos em que foi presidente pouco fez pelo Estado. O gesto mais conhecido dele no Rio Grande do Norte foi tirar a máscara de uma criança em Pau dos Ferros em plena pandemia de covid-19.

A aprovação do título vem em um momento em que Bolsonaro está afundado em denúncias de corrupção. Ele sempre pregou contra os direitos das minorias sociais e está cada vez mais evidente que liderou tentativas de golpe de Estado que resultaram na intentona bolsonarista de 8 de janeiro de 2023.

Tarcísio foi ministro da infraestrutura em um período em que a estradas no Rio Grande do Norte só fizeram piorar, isso inclui as BRs. Atualmente governa São Paulo fazendo a Polícia Militar de lá se tornar uma das mais violentas do país.

Os títulos, como a negativa da homenagem ao MST, são pura politicagem de uma direita tacanha.

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Lawrence vacila nos acenos à esquerda e o risco de repetir Carlos Eduardo

O presidente da Câmara Municipal de Mossoró Lawrence Amorim (PSDB) ainda não fez os acenos necessários ao eleitor de esquerda, que anda amuado com a decisão do PT de apoiar o tucano nas eleições para prefeito da segunda maior cidade do RN.

Lawrence já perdeu a primeira oportunidade que seria tomar a frente da audiência pública que fará a reparação histórica pela moção de apoio ao Golpe Militar aprovada pela casa em 1964.

Ele deixou que a vereadora Marleide Cunha (PT) tomasse a frente.

Resta a Lawrence fazer um mea culpa pelo apoio dado à reeleição do então presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022.

Até aqui o silêncio reina e Lawrence perde tempo na oportunidade de ter no eleitor de esquerda um impulso para alavancar sua campanha.

O titubeio lembra Carlos Eduardo Alves (na época no PDT, hoje no PSD) na disputa pelo Senado em 2022. Líder nas pesquisas ele apostou que o eleitor de esquerda viria por “osmose”, o que não aconteceu.

O então deputado federal Rafael Motta (na época no PSB, atualmente no Avante) fez os acenos à esquerda, tirou votos de Carlos e isso garantiu a eleição do azarão Rogério Marinho (PL) ao Senado.

Lawrence sequer goza do favoritismo de Carlos Eduardo, pelo contrário está mais de 60 pontos percentuais atrás do prefeito Allyson Bezerra (União), favoritaço a reeleição.

Ainda assim subestima o eleitor de esquerda.

 

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Genivan tenta atrair eleitor bolsonarista falando em algo que extremistas detestam: diálogo

Patinando nas pesquisas, o representante do bolsonarismo na corrida ao Palácio da Resistência, o ex-vereador Genivan Vale (PL) tem falado muito em diálogo e moderação nos vídeos que posta nas redes sociais.

No entanto, há um divórcio entre o objetivo de atrair o público-alvo e a mensagem. Genivan precisa do eleitor bolsonarista para se alavancar neste período de pré-campanha.

O problema é que o bolsonarismo está situado na extrema direita, um campo político autoritário e por natureza movido por ódio e preconceito.

Falta a Genivan o discurso que agrega (a palavra soa irônica, eu sei) o bolsonarismo: a exclusão de quem pensa diferente. Noves fora, os absurdos que defendeu na pandemia a vida pública dele não linka com bolsonarismo raiz.

Daí o mau desempenho nas pesquisas e manutenção do eleitor bolsonarista de Mossoró no projeto de reeleição do prefeito Allyson Bezerra (União).

Sábado Genivan e o PL receberam o espalhador de fake news e discurso de ódio travestido de deputado federal Nikolas Ferreira (PL/MG) para tentar colar no bolsonarismo. Na semana passada, o jovem de ideias retrogradas protagonizou cenas lamentáveis no Congresso Nacional em que ficou próximo de trocar socos com o deputado federal André Janones (Avante/MG).

Se há algo que passa longe da figura de Nikolas é o simbolismo do diálogo.

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Dono da Tribuna do Norte vai substituir Rogério Marinho

O senador Rogério Marinho (PL) vai dar um tempo no trabalho de votos contra a classe trabalhadora no Senado para dar lugar a um suplente que está a altura da sua missão.

Ele será substituído pelo empresário Flávio Azevedo (PL), dono da Tribuna do Norte.

Rogério vai atender ao desejo do financiador de sua campanha e se dedicar as eleições municipais com vistas ao objetivo de se candidatar ao Governo do Estado em 2026.

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Ícone das fake news e marcado e agitador homofóbico, Nikolas Ferreira vem a Mossoró linkar Genivan ao eleitor bolsonarista

Notório propagador de fake news nas redes sociais Nikolas Ferreira estará em Mossoró no próximo sábado para dar um “up” na campanha do ex-vereador Genivan Vale (PL) a prefeito de Mossoró.

Por enquanto, o eleitor bolsonarista tem preferido a continuidade de Allyson Bezerra (União).

Nikolas, é um notório divulgador de fake news. Em abril ele foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a pagar multa de R$ 30 mil por culpar o então candidato a presidente Lula (PT) pelas mortes na pandemia e por acusar o petista de ter planos de confiscar poupança e bens.

Nikolas ganhou notoriedade no 8 de março do ano passado ao colocar uma peruca loira e fazer um discurso transfóbico na Câmara dos Deputados. Circula um vídeo em que ele faz um discurso na Igreja Graça e Paz, em Belo Horizonte, pregando o confronto com os homossexuais.

Outra treta foi com o rapper Jupitter Pimentel, um homem trans, que declarou num podcast ser um “Boyceta” numa alusão a ter um gênero não binário. Nikolas ironizou a fala.

Trazer Nikolas, que agita os sentimentos mais primitivos do bolsonarismo, é uma jogada de Genivan para retirar o eleitor mais reacionário que atualmente está votando em Allyson Bezerra.

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Demissão tira Jean do jogo eleitoral de 2026

A demissão do ex-senador Jean Paul Prates (PT) da presidência da Petrobras tem um resultado a longo prazo no jogo político do Rio Grande do Norte: tira um dos cotados para disputar o Governo do Estado em 2026.

Jean no comando da estatal e trazendo de volta investimentos ao RN tinha tudo para ao longo da atual quadra histórica se capitalizar politicamente para a disputa pelo executivo estadual.

Demitido, ele perde poder e deve voltar a iniciativa privada, se afastando do jogo eleitoral.

A preço de hoje Jean está fora das eleições de 2026.

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Demissão de Jean passa por inabilidade política dele e é péssima para o RN

De forma humilhante, por ter sido feita diante de desafetos, o presidente Lula (PT) demitiu Jean Paul Prates (PT) da presidência da Petrobras.

Do ponto de vista técnico não há motivos para demitir Jean. Em 2023 a Petrobras teve o segundo maior lucro da sua história sem precisar vender nenhum ativo e entregando resultados à sociedade com a redução dos preços dos combustíveis.

Some-se a isso a visão de longo prazo de Jean que estava focado na transição energética sem deixar de pensar ampliar a produção de petróleo.

A demissão de Jean se deu por inabilidade política dele. Os quatro anos como senador não foram suficientes para lhe dar traquejo político e o petista terminou sendo minado por setores do PT capitaneados pelo ministro da casa civil Rui Costa e elementos do centrão como o ministro de minas e energia Alexandre Silveira, citados pelo próprio ex-senador e agora ex-presidente da estatal como testemunhas regozijantes da demissão.

A saída de Jean é péssima para o Rio Grande do Norte porque havia um empenho dele de colocar o Estado na linha de frente da transição energética e estava trabalhando para reverter privatizações que resultaram em preços mais caros dos combustíveis no sofrido elefante.

Além disso, a exploração do pré-sal na Margem Equatorial tinha tudo para começar pelo RN. Sem Jean entramos numa maré de incertezas.

Jean não teve habilidade política para sobreviver no cargo, apesar dos bons resultados, e quem perde com essa decisão é o Rio Grande do Norte.