Categorias
Matéria

Prefeitos buscam apoio de deputados para conter crise do FPM

Dentro da programação da campanha “Mobiliza Já: Sem FPM, não dá!”, realizada pela Federação dos Municípios do RN (Femurn), nesta quarta-feira (30), na Assembleia Legislativa, os mais de 70 prefeitos presentes foram acolhidos e recebidos pelos deputados estaduais Nelter Queiroz (PSDB), Cristiane Dantas (SDD), José Dias (PSDB), Galeno Torquato (PSDB), Dr. Bernardo (PSDB), Ivanilson Oliveira (União), Neilton Diógenes (PL), Dr. Kerginaldo (PSDB), Coronel Azevedo (PL), Adjuto Dias (MDB), Luiz Eduardo (SDD), Eudiane Macedo (PV), George Soares (PV), Hermano Morais (PV), Gustavo Carvalho (PSDB) e Kleber Rodrigues (PSDB), que presidiu a reunião em formato de audiência pública.

“A luta dos prefeitos do Rio Grande do Norte é a luta desse Parlamento. Os 24 deputados estarão de mãos dadas com cada um dos prefeitos. Inclusive falei agora com o presidente desta Casa Legislativa, Ezequiel Ferreira que se encontra em Brasília, que já está agindo em favor da pauta apresentada nesta ocasião”, destacou Kleber Rodrigues.

Cumprindo agenda de trabalho em Brasília, Ezequiel não teve como participar do movimento “Mobiliza Já, sem FPM não dá”. “Posso garantir que à pauta de reivindicação terá sensibilidade e apoio dos deputados que representam o Poder Legislativo estadual”, frisou Ezequiel Ferreira.

Para iniciar o debate, o agente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Samid Mota, fez uma breve explanação sobre o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principal ponto de pauta da luta dos prefeitos. “A CNM é uma aliada dos prefeitos e soma-se a luta que implica na continuidade dos serviços e da funcionalidade da máquina dos municípios. Já parabenizar o Rio Grande do Norte pela organização e pela força que demonstra”, destacou.

O objetivo dos líderes municipais é mobilizar a classe política potiguar na luta pela recomposição do FPM. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), pelo menos 65% dos municípios norte-rio-grandense tiveram déficit entre receitas e despesas no primeiro semestre do ano.

“Estamos irmanados, com mais 16 federações, nesta pauta que hoje é entregue a esse parlamento. A aflição dos prefeitos aqui presentes é intensa. O município brasileiro é uma alma viva. O Brasil acontece nos municípios e hoje nós, prefeitos desse Estado vimos pedir ao Legislativo Potiguar. Os municípios só serão fortes se estivermos juntos”, disse Luciano Santos (MDB), presidente da Femurn e prefeito de Lagoa Nova.

Os repasses para as prefeituras potiguar em julho deste ano, provenientes principalmente do FPM, que constituem a principal fonte de recursos para mais de 90% das prefeituras, diminuíram 34% em relação ao mesmo período de 2022.

“Há seis meses os municípios não tinham problemas financeiros, mas hoje não temos condições nem de colocar combustível nos carros. Nossa reivindicação é que o Governo do Estado seja mais parceiro dos municípios, seja com a compensação da Cosern, seja com os recursos de Petern. Precisamos das ajudas federais e estaduais, porque elas representam muito para os municípios”, cobrou Babá (Republicanos) – prefeito de São Tomé.

A pauta dos municípios é longa e um dos pontos diz respeito a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 25/2022, que altera o art. 159 da Constituição Federal para aumentar em 1,5% o FPM, passando de 22,5% para 24%, o que representa muito para os municípios.

“A realidade hoje são aumentos, pisos salariais instituídos, recomposições salariais, oriundas de decisões governamentais, sem que haja aumento nos repasses que os municípios recebem. Se há aumento das despesas e não há aumento nos repasses, nos deparamos com dificuldades intensas. Esse movimento é legítimo e exige união de todos. É preciso lembrar que o único beneficiado com o resultado dessa luta é a população que necessita de políticas públicas eficientes”, ressaltou Álvaro Dias (Republicanos), prefeito de Natal.

Durante a reunião foram apresentados vídeos dos senadores Rogério Marinho (PL), Zenaide Maia (PSD) e Styvenson Valentim (Podemos) e dos deputados federais Benes Leocádio (União), General Girão (PL), Fernando Mineiro (PT), Nathalia Bonavides (PT) e Paulinho Freire (União), que se somaram à luta dos prefeitos potiguares.

“Nós precisamos entender que essa é uma das poucas pautas que precisam unir as cores partidárias porque acima de tudo está o prejuízo que será gerado ao povo do RN, caso o FPM não seja recomposto. Nós não estamos aqui brincando de prefeitura. Nossa missão é cuidar do povo”, ressaltou Reno Marinho, prefeito de São Rafael e presidente da Associação dos Ceramistas do Vale do Assú e Apodi (Ancevale).

“Precisamos da força da nossa bancada federal nessa luta. 70% de toda nossa receita é FPM. O pior de tudo é ouvir que os problemas dos municípios é má gestão. É preciso entender que a população também é parte disso e precisa estar de mãos dadas com os gestores. A realidade de hoje é que a conta não bate e os municípios estão pedindo socorro”, reiterou José Arnor da Silva (MDB), prefeito de Jundiá.

O repasse inicial de agosto teve uma queda adicional de mais de 23% em comparação com o ano anterior. Em descompasso com a alta dos preços de insumos da saúde básica e média complexidade, pisos salariais, merenda escolar, combustíveis e entre outros insumos indispensáveis ao dia a dia do funcionamento dos municípios.

“Vários deputados já foram prefeitos e conhecem a fundo as dificuldades dos municípios. Hoje 108 municípios do Estado estão em condições insustentáveis. Vivemos do FPM, e a solução para essa luta passa pela união dos gestores municipais. Daí a importância do apoio da Assembleia Legislativa para tentar amenizar a situação dos municípios, que é feita pelo povo”, frisou Rivelino Câmara (MDB) presidente da Associação dos Municípios do Oeste (Amop) e prefeito de Patu. Opinião compartilhada pelo prefeito de Brejinho, João Batista Gomes (MDB). “A nossa situação depende da união das forças. Não estamos aqui para jogar pedras em ninguém, pelo contrário, temos que buscar apoios. A realidade do Governo do Estado é tão difícil quanto a dos municípios. Mas juntos podemos achar uma solução viável”.

Já o prefeito de Cruzeta, Joaquim José de Medeiros (PSB), destacou a situação psicológica dos prefeitos que estão sofrendo com a pressão da população dos seus municípios. “A preocupação dos prefeitos é real. A redução desses recursos implica em diretamente na merenda escolar, no combustível para a ambulância, para o transporte escolar. Estamos falando do básico que interfere na continuidade do funcionamento das escolas, dos postos de saúde. O que sei é que não vamos desistir. Somos fortes e acredito que se estivermos juntos, passaremos por mais essa crise”, discursou emocionado.

As reivindicações contidas no documento produzido pela Femurn e entregue à Assembleia Legislativa são comuns entre os estados do Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Paraíba, Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Santa Catarina, Mato Grosso, Paraná, entre outros e contemplam as PL nº 2.384/2023 – que dispõe sobre a conformidade tributária no âmbito da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil no Ministério da Fazenda Nacional; PLP nº 98/2023 – que exclui da Lei de Responsabilidade Fiscal o raciocínio do conjunto da despesa com pessoal das empresas prestadoras de serviços terceirizados; a PEC nº 45/2019 – que trata da Reforma Tributária Nacional com atenção atual para o Senado, com foco na Imunidade Tributária Plena (Isenção de: ICMS, IR, IPI, PIS/PASEP e Confins), além do Equilíbrio tributário; a PL nº 334/2023 – que estabelece a redução de alíquota para 8% das contribuições sociais a serem pagas ao RGPS pelos Municípios com menos de 142.633 habitantes.

O presidente da Câmara dos Vereadores de Alto do Rodrigues, José Pedro (Democratas), relatou as dificuldades do município e da perspectiva para o futuro da cidade que, com a redução dos royalties deve piorar. “A situação não é fácil e em alguns municípios tende a ser pior”, ressaltou.

Representando as mulheres, Edna Lemos (PSB), prefeita de Pedro Velho, reforçou que a luta está apenas começando. “Estamos respirando através de aparelhos. Está faltando fôlego, mas a luta está apenas começando. O ato de hoje é apenas o início dessa luta que não é dos deputados, não é dos prefeitos e nem dos vereadores, mas sim de cada cidadão que necessita das unidades de saúde, das escolas municipais, da limpeza pública, e de todos os serviços necessários para o andamento de uma cidade digna para um povo tão batalhador como é o povo Potiguar”, enfatizou.

No final do encontro, o deputado Kleber Rodrigues, ressaltou o compromisso do Parlamento Potiguar em busca de soluções para amenizar o problema. “Reitero o compromisso desta Casa Legislativa e de todos os deputados em reivindicar, buscar e apoiar os prefeitos nesta causa tão legítima e importante para o povo Potiguar”, finalizou.

 

Categorias
Matéria

Ezequiel discute medidas de socorro aos municípios com coordenador da bancada potiguar

Cumprindo agenda de trabalho no Congresso Nacional nesta terça-feira (29) em Brasília, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB) pediu o apoio do Coordenador da Bancada Potiguar, deputado Benes Leocádio (União Brasil) para assegurar medidas de socorro aos municípios potiguares, que reclamam da situação de penúria das finanças.

Em agenda de trabalho em Brasília, Ezequiel não terá como participar do movimento “Mobiliza Já, sem FPM não dá”, que acontece nesta quarta-feira (30), a partir das 9h, na Assembleia Legislativa. “Já comuniquei ao presidente da Femurn e prefeito de Lagoa Nova, Luciano Santos que o deputado Kleber Rodrigues e demais parlamentares vão receber a pauta municipalista, na Sala da Presidência, e posso garantir que à pauta de reivindicação terá sensibilidade e apoio dos deputados que representam o Poder Legislativo estadual”, frisou Ezequiel Ferreira.

Ezequiel foi procurado pelo presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), Luciano Santos (MDB), que organiza o “Mobiliza Já, sem FPM não dá”. Esse é o tema da campanha que quase 150 prefeituras do Estado aderiram, cuja intenção é lutar pelo reajuste de 1,5% do rateio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que hoje é de 22,5% e passaria a 24%. Existe uma expectativa na Câmara dos Deputados para votar essa semana o Projeto de Lei que propõe um corte generalizado de alíquotas que as prefeituras recolhem ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sobre a folha de salários de seus servidores.

Com a mesma proposta de diálogo para socorrer os municípios, Ezequiel recebeu de Benes a notícia que nas próximas horas a Câmara vai apreciar a emenda apresentada pelo líder da União Brasil, Elmar Nascimento (BA). Ela amplia um benefício já aprovado pelos senadores dentro da proposta que prorroga até o fim de 2027 a desoneração da folha para empresas de 17 setores da economia. “Os líderes assumiram o compromisso de votar urgência e mérito da emenda. Seria uma solução para os municípios. Aprovado, prevê ampliar o benefício para todos os municípios brasileiros, mas de forma escalonada, conforme o PIB per capita de cada cidade”, explicou o coordenador da Bancada Potiguar.

Pela proposta, municípios mais pobres pagariam menos imposto, enquanto os mais ricos pagariam mais: 8%, para municípios entre os 20% com menor PIB per capita; 10,5%, para municípios entre os 20% e os 40% com menor PIB per capita; 13%, para municípios entre os 40% e os 60% com menor PIB per capita; 15,5%, para municípios entre os 60% e os 80% com menor PIB per capita; 18%, para municípios entre os 20% com maior PIB per capita. Essa é a proposta do Líder da União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA).

Categorias
Matéria

Secretário nega que festas da Prefeitura de Mossoró tenham impactado nas finanças

Na coletiva dos secretários do prefeito Allyson Bezerra (União) o titular do planejamento, Kadson Eduardo, minimizou o peso das grandes festas nas contas da Prefeitura de Mossoró.

Para ele, os investimentos no Mossoró Cidade Junina, Mossoró Sal e Luz e Festa do Bode deram retorno. “Com relação ao investimento do município em eventos eu não classifico como despesa porque a própria CDL mostra o grande retorno que esses eventos geram para a população”, argumentou. “Às vezes os comerciantes nem estão preparados para o evento e no Sal e Luz no primeiro dia teve comerciante que vendeu tudo”, complementou.

Ele sinalizou que a Prefeitura de Mossoró deve seguir investindo em eventos. Pelo calendário cultural da cidade o próximo é Auto da Liberdade, no final de setembro. “Temos investido e temos feito com responsabilidade dentro da receita estimada”, disse durante a coletiva.

Na manhã de hoje quatro secretários municipais acusaram o Governo do Estado de dever R$ 117 milhões e lamentaram as perdas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o que poderia fazer a Prefeitura de Mossoró atrasar os salários em setembro.

Categorias
Matéria

Prefeitura de Mossoró recebe mais FPM em 2023 do que em 2022, inclusive acima da inflação

 

Hoje a Prefeitura de Mossoró colocou quatro secretários para realizar uma entrevista coletiva em que admitiram a possibilidade de a folha de pagamento de setembro atrasar dentre outros motivos por causa da queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) nos meses de julho e agosto.

No entanto, no acumulado do ano, os repasses estão acima do acumulado no ano passado no mesmo período. Entre janeiro e a segunda parcela de agosto de 2022 foram R$ 102.078.423,51 contra R$ 105.644.430,26 em 2023. O saldo positivo é de R$ 3.566.006,75.

A alta acumulada até a segunda parcela de agosto, o recorte do levantamento da tabela acima, é de uma alta de 4,31% segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), um pouco acima do acumulado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mesmo período que foi de 3,99%, ou seja, as prefeituras tiveram ganho real no FPM ao longo do ano.

A secretária municipal de finanças Tatiana Paula reconheceu que o ano vinha bem em termos de FPM. “Os valores vinha obedecendo o crescimento. A queda na primeira em julho foi identificada e a primeira parcela de agosto foi estratosférica. Agora vamos ter que replanejar em virtude dessa queda bruta”, disse na coletiva de hoje.

O FPM corresponde a 22,5% do que é arrecadado pelo Governo Federal com Imposto de Renda e IPI, que é distribuído proporcionalmente de acordo com a população dos municípios.

Categorias
Matéria

Secretários afirmam em coletiva que queda do FPM e dívida do Governo do RN podem provocar atrasos na folha da Prefeitura de Mossoró

Na coletiva realizada na manhã desta terça-feira, 29 de agosto, três secretários da equipe do prefeito Allyson Bezerra (União) afirmaram que a queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e a dívida do Governo do Estado com a Prefeitura de Mossoró podem provocar atraso na folha de pagamento dos servidores.

“Existe essa tendência se esse cenário continuar assim. É uma queda brusca, uma queda inesperada”, explicou Tatiana Paula, secretária municipal de finanças.

“Vamos ter que cortar, alguma vai deixar de ser feita”, complementou.

A secretária disse que essa situação pode provocar atrasos salariais já em setembros. “Estamos fazendo cálculos para que isso não ocorra. A título de comparação a primeira parcela de agosto do FPM veio para Mossoró com R$ 1.414.705,27 a menos do que no ano passado.

A secretária ainda contou que a dívida do Governo do Estado é de R$ 117 milhões relativa a repasses de ICMS, IPVA, repasses da saúde, farmácia básica, e dívida da Cosern.

O secretário municipal de planejamento Kadson Eduardo declarou que há um empenho para manter o salário em dia. “Estamos tomando medidas de controle e gastos mais eficientes para destinar ao servidores. Salário na conta é a melhor notícia que temos para dar ao servidor no final do mês”, frisou.

Ainda participaram da coletiva o secretário municipal de Fazenda Edilson Junior e o presidente da Previ Paulo Linhares que disse que a crise pode afetar as contribuições patronais da Prefeitura de Mossoró para a previdência municipal.

Categorias
Artigo

Em campanha, Allyson prepara o dedo para apontar para Lula, Fátima e Isolda para culpá-los pelos problemas de Mossoró

A assessoria de comunicação da Prefeitura de Mossoró anunciou que será realizada amanhã, às 9h, no Auditório do Previ, uma coletiva em que a gestão municipal vai se manifestar sobre as dívidas que o Governo do Estado tem com o município e a queda do FPM.

A dívida do Governo com a Prefeitura é um problema antigo, que se acumula de outras gestões e não é exclusividade de Mossoró. Tanto que as negociações ocorrem em nível de Femurn.

Oscilações do FPM são comuns também, inclusive as prefeituras do Rio Grande do Norte farão um protesto “Mobiliza Já: Sem FPM, não dá”.

O problema é que Allyson assistiu em silêncio o então presidente Jair Bolsonaro (PL) ferir de morte o ICMS dos combustíveis, afetando a arrecadação dos municípios que têm direito a 25% deste tributo, que agora ele cobra do Governo do Estado. Ele também não reclamou, por exemplo, quando em março do ano passado, o FPM, teve uma queda de 14,24%.

O silêncio era conveniente para Allyson.

Agora ele teme a queda da qualidade dos serviços públicos e já em campanha a reeleição tem como alvo preferencial o PT do presidente Lula, da governadora Fátima Bezerra e da deputada estadual Isolda Dantas, possível adversária no ano que vem. Quer jogar no partido qualquer falha da própria gestão.

Allyson prepara uma pirotecnia para marcar posição e deixar a imagem de que o que der certo foi mérito dele e o que der errado é culpa do PT.

Nem parece que as obras do Mossoró Realiza são financiadas com recursos da Caixa Econômica Federal aprovados no Governo, pasme, do PT!

Categorias
Matéria

Novo presidente da Femurn se posiciona contra perda de recursos dos municípios do RN por causa do censo

O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) Luciano Santos (MDB) se manifestou contra a perda de recursos das prefeituras provocada pela redução da população apontada na prévia do censo 2022.

Ele defende a aplicação da Lei Complementar 165/2019 que congela os repasses dos valores do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) até que o censo seja concluído.

Confira a nota:

NOTA FEMURN EM DEFESA DOS MUNICÍPIOS

A Federação dos Municípios do RN – FEMURN, representando os municípios potiguares, reforça a necessidade de se respeitar a LC 165/2019, que garante a manutenção dos coeficientes relativos à distribuição do FPM utilizados no exercício de 2018, AOS MUNICÍPIOS QUE APRESENTEM REDUÇÃO DE SEUS COEFICIENTES.

Tendo em vista que a Decisão Normativa do TCU não respeitou a referida Lei Complementar, que congela perdas até o novo Censo Demográfico, e já aplicou reduções sem concluir a contagem populacional, baseado apenas na prévia das estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a demanda foi alvo de ação judicial com pedido de suspensão da norma neste exercício de 2023, em respeito a LC 165/2019.

Ocorre que a suspensão, por medida cautelar, proferida pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), nos autos da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 1.043, acabou, extra petita, atingindo, também e de forma injusta, os municípios que tiveram crescimento populacional e, portanto, aumento do FPM. Tal injustiça permanece sendo alvo de nossa intervenção e preocupação, pois a luta municipalista se dá em defesa de todos os nossos entes federados.

Desse modo, a FEMURN se posiciona contra a ampliação do pedido ocorrido pela decisão em vigor, por causar grave insegurança jurídica e econômica, e neste momento e trabalha, em apoio às cidades atingidas, para reverter esse ponto específico em relação a elas. No Rio Grande do Norte, vale destacar que os municípios atingidos pela atual decisão são: Extremoz, Florânia, Jaçanã, São Gonçalo do Amarante, São José de Campestre, Tibau do Sul e Campo Grande.

A FEMURN está atuando em defesa de todos e ressalta que nossa luta é para garantir que os nossos municípios tenham condições de oferecer a prestação de serviços adequada e necessária à população. Portanto, a aplicação da LC 165/2019 é fundamental para que nenhum município sofra redução ou impacto negativo em suas receitas.

Luciano Santos

Presidente da FEMURN

Categorias
Matéria

Quatro cidades do RN ganham liminares para evitar perdas do FPM

Portal 98 FM

O juiz federal José Carlos Dantas de Souza concedeu, nesta semana, a quatro municípios do Rio Grande do Norte decisões liminares que impedem o Governo Federal de reduzir repasses financeiros em decorrência da indicada queda na população dessas cidades.

Até agora, foram beneficiadas as prefeituras de Nova Cruz, Pau dos Ferros, São Miguel e São Paulo do Potengi.

A Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), presidida pelo prefeito Babá Pereira (São Tomé), orienta que todas as prefeituras que tenham indicação de perda populacional procurem a Justiça para não terem redução de receitas. Ao todo, são 27 municípios que tiveram queda significativa de população a ponto de perder receitas, segundo projeção divulgada na semana passada pelo IBGE.

Apesar de terem a indicação de que terão a população reduzida, as prefeituras foram à Justiça alegando que a eventual redução nos repasses federais só pode ocorrer quando o Censo for concluído.

As prefeituras alertam que os dados de população apresentados pelo IBGE no último dia 28 dezembro são uma mistura entre o que já foi coletado no Censo e uma projeção calculada em cima das áreas ainda não recenseadas. O argumento é de que, até a conclusão do Censo, os municípios podem recuperar os patamares populacionais.

Com a projeção divulgada pelo IBGE, 27 municípios do RN tiveram redução tão significativa de população que cairiam no coeficiente usado pelo Governo Federal para fazer o repasse das cotas de Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Essa é a principal receita de alguns municípios.

Categorias
Matéria

Mossoró e mais 21 municípios ficam com FPM zerado

Femurn anuncia FPM zerado em 22 municípios do RN (Foto: Demis Roussos)

O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) veio zerado para Mossoró e mais 21 municípios potiguares na primeira cota do mês de abril, pago na quinta-feira, dia 09. Na avaliação da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte – FEMURN, a falta dos recursos deverá comprometer a realização dos pagamentos das prefeituras e o equilíbrio financeiro programado nas gestões municipais.

A FEMURN considera a situação como complexa, e alerta que as prefeituras detêm grandes responsabilidades financeiras, mas dispõem de poucos recursos, e que o atual momento de combate à pandemia do novo coronavírus agrava ainda mais a situação.

A Federação está atuando junto à Confederação Nacional de Municípios (CNM) na busca por recursos extras e auxílios financeiros para os municípios, e tem orientado os gestores e atuado conjuntamente com os prefeitos potiguares em ações para as gestões municipais do RN que garantam, especialmente, que as prefeituras honrem seus compromissos.

Diversos municípios têm como principal fonte de recursos o FPM, que é dividido em três cotas mensais, repassadas pelo Tesouro Nacional nos dias 10, 20 e 30.

MUNICÍPIOS COM OS FPM ZERADOS NA PRIMEIRA COTA DE ABRIL/2020:

AFONSO BEZERRA
BARAÚNAS
BREJINHO
CAICÓ
CARAÚBAS
FELIPE GUERRA
GALINHOS
DIX-SEPT ROSADO
GROSSOS
IELMO MARINHO
JANDAIRA
JAPI
JOÃO CÂMARA
MOSSORÓ
PEDRO VELHO
PORTO DO MANGUE
RIACHO DE SANTANA
RIO DO FOGO
SÃO BENTO DO NORTE
SÃO MIGUEL DO GOSTOSO
TOUROS
UMARIZAL

Fonte: Assessoria da Femurn.

Categorias
Matéria

Prefeita faz novo parcelamento do Previ

Rosalba faz novo parcelamento do Previ (Foto: arquivo/Blog do Barreto)

A Prefeita Rosalba Ciarlini (PP) assinou novo parcelamento das obrigações patronais com a previdência municipal. Desta vez serão 60 prestações para pagar uma dívida de 30 milhões referente a 17 meses atrasados.

O novo parcelamento foi assinado no dia 28 de fevereiro, mas não foi dada publicidade aos munícipes. O presidente do Previ Elviro Rebouças informou que o conselho foi comunicado com antecedência. “O Conselho tinha ciência absoluta de que esse parcelamento seria feito”, explicou.

Desta vez a prefeita deu como garantia o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) com autorização do Banco do Brasil e da Secretaria da Previdência do Ministério da Economia. “Não estando em dia o parcelamento, o Banco do Brasil está autorizado a descontar o FPM para a Previ”, garante Elviro.

É preciso lembrar que em outras negociações a atual gestão deu o FPM como garantia e não cumpriu o acordo.

O acordo não precisou passar pela Câmara Municipal nem de chancela do Conselho de Previdência que reúne representantes dos servidores do executivo e do legislativo. “É uma lei da previdência social e não precisava passar pela Câmara. Independe do legislativo”, argumenta.

Elviro Rebouça informa ainda que os repasses descontados dos contracheques dos servidores atualmente se encontram em dia e o atraso é somente das obrigações patronais. “A Prefeitura de Mossoró está em dia com a contribuição dos funcionários e havia um débito do patronal de agosto a dezembro de 2018 e todo o ano de 2019”, acrescentou.

Esse é o terceiro parcelamento celebrado na gestão de Rosalba Ciarlini.