O Blog do Barreto entrou em contato com os três membros da bancada federal que estiveram ausentes na primeira reunião entre a governadora Fátima Bezerra (PT) e a bancada federal.
O futuro senador Capitão Styvenson (REDE) explicou que foi convidado para ir a reunião no domingo e que não poderia ir ao encontro porque tinha audiência na 16° Vara Cível de Natal no mesmo horário. Ele informou que já ligou para a governadora e será marcada uma audiência.
Já o deputado federal Fábio Faria (PSD) informou por meio da assessoria que se encontra de viagem de férias no exterior. Enquanto que Walter Alves (MDB) alegou compromissos particulares.
Mesmo com votos anulados de Walter e Agripino, Beto herdaria vaga (Foto: reprodução de Internet)
O deputado federal reeleito Walter Alves (MDB) e o senador José Agripino (DEM), que tentou uma vaga na Câmara, podem ter os registros de candidaturas cassados pela Justiça Eleitoral (ver AQUI).
Se isso acontecer, o quadro de representação do Rio Grande do Norte pode ser alterado porque o quociente eleitoral reduziria de 201.229 votos para 183.227 votos porque os sufrágios de Walter e Agripino seriam anulados conforme o Blog do Barreto checou com a Justiça Eleitoral.
A Coligação 100% RN perderia de cara 144.011 votos válidos com a exclusão da dupla. O agrupamento partidário passaria a contar com 158.355 votos válidos ficando com quociente eleitoral de 0,8. Graças a nova regra eleitoral que mudou o sistema de sobras, Beto Rosado (PP) poderia se beneficiar com as cassações sem precisar mais da validação dos votos de Kerinho (ver AQUI).
A coligação Trabalho e Superação continuaria elegendo os quatro deputados vitoriosos no pleito de 7 de outubro: João Maia (PR), Fábio Faria (PSB), Rafael Motta (PSB) e Bene Leocádio (PTC).
No PT, Natália Bonavides e Fernando Mineiro estariam eleitos. Este último ficaria livre da sombra do caso Kerinho.
O Ministério Público Eleitoral ingressou com uma ação de investigação judicial eleitoral (Aije) por abuso de poder econômico envolvendo os candidatos eleitos a deputado federal, Walter Pereira Alves; e a deputado estadual, Raimundo Fernandes; além do prefeito de Patu, Rivelino Câmara; bem como o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (candidato derrotado ao governo); o senador José Agripino Maia (que obteve uma posição na suplência para deputado federal); e Antônio Jácome de Lima Júnior (candidato derrotado ao Senado).
Em 22 de julho o prefeito de Patu, sob o pretexto de comemorar aniversário, realizou um showmício no qual a candidatura dos demais cinco investigados foram promovidas irregularmente. A Aije pede a cassação do diploma dos dois deputados eleitos, bem como de José Agripino que ficou na suplência, além da sanção de inelegibilidade pelo período de oito anos para todos os seis investigados.
Naquela data, uma grande estrutura foi montada na praça central da cidade, contando com palco, bandas musicais, equipamentos de som, tendas, cadeiras e mesas. O convite foi dirigido pelo prefeito a toda a população e, além da presença dos então pré-candidatos, o teor promocional do evento se revelou nos discursos proferidos na ocasião – por quase duas horas – que, segundo o MP Eleitoral, “escancararam sua natureza político-eleitoral”.
O próprio Rivelino Câmara publicou, em sua rede social, vídeo que reforça a opinião do Ministério Público de que o “evento pouco teve de celebração do natalício do prefeito de Patu”. O microfone foi “praticamente monopolizado” para enfatizar a presença, as realizações e as “maravilhas” que estariam por vir para o estado quando fossem eleitos os cinco beneficiados. “Cuidou-se de um indisfarçado ato antecipado de campanha eleitoral, um comício, ou melhor, um showmício, já que animado pelas bandas Forró dos Três e Cachorrão do Brega”, relata a Aije.
A ação assinada pela procuradora regional eleitoral Cibele Benevides reforça que a ocorrência da irregularidade já foi confirmada pela Justiça eleitoral, quando o juiz auxiliar Almiro da Rocha Lemos – diante de uma representação do mesmo MP Eleitoral – “acabou por reconhecer a veiculação de propaganda por meio vedado, através da realização de showmício, condenando todos os representados ao pagamento de multa individual de R$ 15 mil”.
Em Patu, Walter Alves acabou por obter a maior votação para deputado federal, enquanto Raimundo Fernandes foi o segundo dentre os deputados estaduais. Carlos Eduardo recebeu 33,46% dos votos para governador e Antônio Jácome 18,27% para o Senado. Atualmente a legislação eleitoral não permite a realização de showmícios nem mesmo durante o período regular. “Certamente um evento desse porte, logo na véspera do início da campanha eleitoral, tinha o claro objetivo de influenciar a liberdade de voto dos eleitores”, conclui a Aije.
Ontem o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) se reuniu com políticos do PSD e MDB. Na oportunidade, os potiguares Fábio Faria e Walter Alves, reeleitos em 7 de outubro, aproveitaram para colar suas imagens com o futuro líder da nação.
Sem governo e com os respectivos grupos políticos enfraquecidos, Fábio e Walter tentam colando na estrutura do Governo Federal encontrar um fôlego para dar sobrevida aos seus respectivos clãs políticos.
Os dois fizeram questão de enviar fotos ao lado de Bolsonaro no primeiro ato do presidente sinalizando algum diálogo com os partidos, indo além do debate com as chamadas bancadas temáticas.
O líder do rosalbismo Carlos Augusto Rosado fez um apelo ao senador Garibaldi Alves Filho (MDB) e ao ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) para que a presidente da Câmara Municipal Izabel Montenegro (MDB) apoiasse a candidatura do deputado federal Beto Rosado (PP) a reeleição.
A presidente da Câmara Municipal estava direcionando o apoio ao deputado federal Walter Alves (MDB), que também tenta a reeleição.
Agora mudou de posição.
Ao Blog Izabel negou que tenha existido influência dos líderes da família Alves. “Não houve nenhuma pressão, lhe garanto. Decidi por que acho importante termos pelo menos um Federal de Mossoró”, frisou.
Nota do Blog: o deputado estadual de Izabel Montenegro é Hermano Morais (MDB) cuja base eleitoral é Natal.
Dentro os oito deputados federais do Rio Grande do Norte, Walter Alves (MDB) é quem mais gastou com consultoria ao longo do mandato. Já a colega dele, Zenaide Maia (PHS), é quem mais gastou com divulgação.
Confira abaixo os números de toda a bancada potiguar na Câmara Federal.
Divulgação
Nome
Partido
Estado
Divulgaçao
Zenaide Maia
PHS
RN
797.399
Antônio Jácome
PODE
RN
774.662
Rafael Motta
PSB
RN
552.578
Beto Rosado
PP
RN
439.856
Rogério Marinho
PSDB
RN
417.912
Fábio Faria
PSD
RN
389.527
Walter Alves
MDB
RN
341.400
Felipe Maia
DEM
RN
306.952
Consultoria
Nome
Partido
Estado
Consultoria
Walter Alves
MDB
RN
504.600
Beto Rosado
PP
RN
415.762
Antônio Jácome
PODE
RN
384.200
Zenaide Maia
PHS
RN
356.099
Rogério Marinho
PSDB
RN
355.500
Rafael Motta
PSB
RN
194.187
Felipe Maia
DEM
RN
15.200
Fábio Faria
PSD
RN
1.000
Fonte: Datascópio
O Blog do Barreto tem destrinchado os custos dos nossos deputados federais. Leia as outras matérias clicando abaixo:
Fábio Faria é o campeão em gastos de cota parlamentar com transportes e estadias
Zenaide é figura frequente em eventos religiosos no interior do RN
Ciro Marques
Agora RN
Dezenas de assessores, apartamentos funcionais, altos salários. Essas não são as únicas “regalias” que os parlamentares federais têm direito. Há também a chamada cota indenizatória, que é a quantia disponibilizada pelo Congresso para o chamado “exercício da atividade parlamentar”. E para se ter uma ideia do montante público gasto com isso, só a bancada potiguar na Câmara dos Deputados, formada por apenas oito parlamentares, consumiu o total de R$ 12,3 milhões em apenas 3 anos e 3 meses de mandato.
A informação é do portal da transparência da própria Câmara e apresenta que a maior gastadora dessa cota é a deputada federal Zenaide Maia, que consumiu R$ 1,65 milhão da verba para exercer seu mandato parlamentar. Pré-candidata ao Senado e potencial parceira de Fátima Bezerra (PT), que também foi a maior gastadora da cota parlamentar na bancada potiguar no Senado (com pouco mais de R$ 1 milhão gastos no mesmo período), Zenaide Maia chegou a gastar R$ 61 mil só em junho, pagando, só em divulgação, mais de R$ 31 mil.
A lista dos mais gastadores continuam com Beto Rosado (R$ 1,64 milhão), Antônio Jácome (R$ 1,63 milhão), Fábio Faria (R$ 1,58 milhão), Rogério Marinho (R$ 1,58 milhão), Walter Alves (R$ 1,55 milhão), Rafael Motta (R$ 1,5 milhão) e Felipe Maia (R$ 1,17 milhão). Ou seja: o mandato mais “barato”, que foi o de Felipe Maia, custou quase meio milhão de reais a menos que os mais caros, como os de Beto, Antônio e da própria Zenaide.
E entre os custos principais dos deputados federais potiguares estão as despesas com passagem áreas e divulgação da atividade parlamentar. Em junho do ano passado, por exemplo, Fábio Faria chegou a pagar R$ 21,6 mil com viagens de avião, com mais de 50 registros fiscais apresentados a Câmara dos Deputados. As passagens chegaram a custar R$ 1,5 mil.
Nota do Blog: em outra reportagem, o Agora RN, registrou os custos dos senadores potiguares aos cofres públicos. José Agripino (DEM) custou R$ 991 mil e Garibaldi Filho (MDB) R$ 869. Fátima já foi citada no texto acima.
Beto Rosado tem atuado na tática de liberar emendas
As manifestações de junho de 2013 deixaram vários legados que foram se transformando aos poucos. Um deles se dá por meio das redes sociais onde o eleitor passou a acompanhar os mandatos dos seus representantes com mais atenção.
Quem não lembra do bordão “você não me representa”?
Se antes a melhor forma de um parlamentar se promover era a apresentação de emendas que uniam o útil ao agradável fortalecendo um pacto com prefeitos e eleitores, agora não basta isso. O eleitor quer se sentir representado pelos seus representantes. É esse o fato novo.
Veja o caso de Beto Rosado (PP). Ele foi desaprovado em enquete realizada no grupo do Blog do Barreto no Facebook (ver AQUI) com mais de 70% de rejeição. Parece-me injusto esse resultado, portanto, ouso discordar da maioria dos meus leitores muito embora discorde quase 100% dos posicionamentos políticos do pepista. Ele não me representa no campo das ideias, mas isso não quer dizer que seja tão ruim como alguns que votaram na enquete acham.
Das oito vagas do Rio Grande do Norte na Câmara dos Deputados cinco são ocupadas por novatos. Beto é um deles. Por mais que se discorde das posições adotadas por ele é inegável que ele faz um mandato superior aos de Walter Alves (MDB), Antonio Jácome (PODE), Rafael Motta (PSB) e Zenaide Maia (PR). Ele tem se saído melhor, principalmente para Mossoró e região, até mesmo que os veteranos Rogério Marinho (PSDB), Felipe Maia (DEM) e Fábio Faria (PSD).
Toda semana você verá ao menos uma notícia sobre liberação de recursos da parte de Beto por mais que não goste das decisões tomadas por ele. Se não viu está sendo injusto em afirmar que ele “não faz nada”.
Mas o foco deste texto é no sentido de mostrar que as emendas, recursos liberados e projetos apresentados não são mais suficientes para trazer reconhecimento a um deputado. Nos últimos anos as pessoas passaram a acompanhar melhor os deputados nas redes sociais e a imprensa passou a revelar como cada um deles votam.
Resultado: surgiram grupos de pressão que obrigam os parlamentares a tomarem posições mais claras e honrarem a alcunha de representantes do povo. Quem não seguiu isso à risca sente na pele as críticas.
Beto votou pela reforma trabalhista, congelamento de gastos públicos por 20 anos e pelo impeachment. Talvez só esta última pauta divida opiniões, mas as outras duas pegaram mal. Para piorar ele ajudou a salvar a pele de Michel Temer nos dois pedidos de autorização para o presidente ser processado no Supremo Tribunal Federal (STF), contrariando a opinião pública.
De olho no Senado, Zenaide é figura recorrente em procissões
Na contramão disso, temos o caso de Zenaide Maia. Trata-se de uma deputada de atuação discretíssima. Dificilmente algum leitor conseguirá dizer de cara uma ação dela. Mas ela está em alta, cada dia mais favorita para ser eleita senadora mesmo tendo um sobrenome tradicional da política.
Qual o segredo de Zenaide? Votou na contramão da bancada potiguar o tempo todo. Foi contra o impeachment, reforma trabalhista, congelamento dos gastos públicos e foi favorável a abertura dos processos contra Temer.
O material enviado pela assessoria de Zenaide é sempre a mostrando em eventos. Raramente a deputada liberando algum recurso para prefeituras ou anunciando emendas. Mas as pessoas se sentem representadas por ela pelas posições que tomou.
Na eleição proporcional desse ano teremos um peso maior, não sei ainda se decisivo, do fator representatividade.
O governador Robinson Faria (PSD) é o culpado pelos atrasos salariais, mas não é o único responsável por isso. Ele tem companhias importantes nessa tragédia chamada Governo do Estado do Rio Grande do Norte.
Desde segunda-feira ele está em Brasília em uma articulação desesperada para garantir recursos para pagar os salários de novembro, dezembro e 13º. Está nas mãos do presidente Michel Temer que promete editar a Medida Provisória enviando os recursos para o sofrido elefante apenas no dia 25 de dezembro. Uma decisão com requintes de crueldade para o servidor que vai passar a noite de natal sem ter o que comer.
Qual membro da bancada federal apareceu para reforçar a luta do governador? Apenas o filho dele em Brasília. Se Robinson não os convidou pouco importa. Momentos como esse são para separar políticos e estadistas. No Rio Grande do Norte a picuinha sempre tem mais força entre os nossos políticos.
Se Robinson não pediu ajuda aos seus pares pouco importa. Mas a sensação que tenho, com base no que ouço nos bastidores, é a da existência de forças ocultas para que esse aporte não seja feito.
Os senadores Garibaldi Filho (PMDB) e José Agripino (DEM) deveriam ser os mais cobrados. São os mais importantes aliados do presidente Temer no Estado. Não abrem a boca para falar no assunto. Não há registro de nenhuma palha ser movida pela dupla. Até parece que não são responsáveis por esse caos também pelas péssimas administrações que fizeram no passado. A crítica vale para os seus bambinos travestidos de deputados federais Walter Alves (PMDB) e Felipe Maia (DEM) que preferem seguir com seus inúteis mandatos.
Melhor deixar Robinson “sangrar” sozinho como se isso não afetasse milhares de famílias nesse período de fim de ano.
Um desconto para a senadora Fátima Bezerra (PT) e aos deputados federais Antônio Jácome (PODE), Rafael Mota (PSB) e Zenaide Maia (PR). Na oposição eles têm pouco a influir, mas poderiam ao menos usar suas vozes para abordar essa questão dos atrasos salariais indo além do tom politiqueiro.
Os deputados federais Beto Rosado (PP) e Rogério Marinho (PSDB) passam a impressão que só são governistas na hora de aprovar projetos para prejudicar a classe trabalhadora.
Bancada federal desça desse muro da vergonha, reaja!