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Jean nega ter planos de disputar o Governo, mas entrega futuro político ao PT

Em entrevista ao Roda Vida da TV Cultura o presidente da Petrobras Jean Paul Prates (PT) negou ter planos de disputar o Governo do Rio Grande do Norte em 2026 ao responder pergunta do jornalista Nicola Pamplona da Folha de S. Paulo. “Zero! Não tenho plano nenhum a não ser governar a Petrobras hoje. Acho que essas são muito importantes… a gente estancar, a gente separar fases da vida. A política tem muitas fases que vão aparecendo ao longo do período e eu não sou originalmente da política”, frisou.

Por outro lado, Jean entregou o futuro político dele ao comando do PT. “Quem decide é o técnico. Quem é o técnico para o político? É o partido. O Partido dos Trabalhadores me trouxe a presidência da Petrobras sem dúvida nenhuma. É por compor o grupo do Partido dos Trabalhadores e a chapa do presidente Lula que estou onde estou hoje com muita responsabilidade política também e é o partido quem vai decidir o processo”, frisou.

Jean lembrou do seu passado político e como veio parar no Rio Grande do Norte para dar início ao processo que levou o Estado a ser um dos maiores produtores de energia eólica do país. “Fiz política na juventude, trabalhei com Brizola e Darcy Ribeiro trabalhei com eles antes de ir para ir para o Rio Grande do Norte na época de estudante; tinha muita política no sangue, a minha família por parte de pai é de políticos do Rio Grande do Sul de toda aquela região ali  das Missões trabalharam com Getúlio, com Jango, com Juscelino… política eu conheço, mas só fui abraçar a política mesmo, entrar para a política no Rio Grande do Norte, quando resolvi migrar para lá 22 anos atrás trabalhando com petróleo e depois já caindo para energia renovável fazendo um plano para o Estado”, relembrou.

Confira o trecho da entrevista:

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Fátima sinaliza que pode frustrar planos e Walter Alves para 2026

A governadora Fátima Bezerra (PT) em entrevista ao  Falei Podcast da jornalista Thaísa Galvão sinalizou que deve concluir o mandato até 31 de dezembro de 2026, o que a levaria a abrir mão de disputar o Senado nas eleições daquele ano.

A hipótese levantada cai como uma bomba nas pretensões do vice-governador Walter Alves (MDB) que conta com a chance de assumir o Governo do Rio Grande do Norte em abril de 2026 para concluir o mandato de Fátima e disputar a reeleição como o apoio da petista.

Fátima deixou claro que quer conduzir a própria sucessão. “Eu não estou descartando outras hipóteses de maneira nenhuma, mas uma hipótese, que eu tenho que ser muito franca, muito sincera, é sim cumprir na íntegra meu mandato e cuidar da minha sucessão. Eu posso ficar até 31 de dezembro e cuidar da sucessão”, avisou.

A fala de Fátima vem em um contexto em que a governadora não contou com o apoio público de Walter na crise que enfrentou recentemente com a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), entidade presidida pelo prefeito de Lagoa Nova Luciano Santos, do MDB do vice-governador.

A entidade vem jogando duro com Fátima e o presidente Lula e sendo omissa em relação a políticos de direita, demonstrando um perfil mais de oposição ao PT do que de defesa aos municípios.

Ainda assim, a governadora foi diplomática em relação a Walter afirmando que ele tem a confiança dela. “Nosso relacionamento com o vice-governador é muito respeitoso e fraterno. Ele tem colaborado”, acrescentou.

Por outro lado, ela teceu elogios ao presidente da Petrobras Jean Paul Prates, nome especulado para ser candidato do PT ao Governo do Estado. “Nossa relação continua de companheirismo, de amizade, de confiança”, disse. Fátima ainda disse que Jean conta com a confiança do presidente Lula da Silva (PT) e reconheceu o papel do presidente da Petrobras para tornar o Rio Grande do Norte uma potência em energias renováveis.

Para Fátima, além da competência técnica, o presidente da Petrobras também deve ser avaliado politicamente. “Jean tem todas as credenciais para em um momento oportuno se colocar no debate político”, concluiu.

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Zenaide se reorienta e volta a jogar no tabuleiro político

Por João Paulo Jales dos Santos*

No apanhado de derrotas do pleito eleitoral passado, a desenvoltura de Zenaide Maia (PSD) pós-eleição é a que mais chama atenção. O grupo da senadora teve que saborear um resultado ácido com o insucesso de seu marido, Jaime Calado (REP), numa performance aquém das expectativas de analistas políticos.

Insucesso no rescaldo da morte de Paulo Emídio (PROS), substituído pelo vice, Eraldo Paiva (PT), que nos meses seguintes resultou no rompimento do casal com o novo prefeito, fazendo com que os Calado perdessem a hegemonia política de 13 anos em sua base política, São Gonçalo do Amarante.

 Se no 1º mandato de Fátima Bezerra (PT) o que se viu foi uma aquiescência do casal com o ordenamento da governadoria, neste início de 2º mandato petista os Calado mudam a rotação política, reorientando o grupo, traçando alianças fora do establishment governamental, buscando fortalecer o mandato de Maia. O realinhamento se concentra na eleição do próximo ano, com o binóculo apontado para 2026.

A filiação da senadora ao Partido Social Democrático (PSD), a bancada mais numerosa do Senado Federal e a 5ª maior da Câmara dos Deputados, deixou para trás as afiliações dos últimos anos a partidos de pequeno porte, imprimindo mecânica política ao grupo, ao conferir o poder de atrair prefeitos para um exímio partido de centro, com robustez de fundo partidário e tempo de propaganda eleitoral.

A assertiva organização partidária que está sendo montada nos maiores colégios eleitorais, se faz necessária ser estendida pelo interior potiguar. A janela partidária de abril de 2024 é uma oportunidade para testar a habilidade de persuasão da senadora. Zenaide sabe que seu projeto de reeleição terá o imprescindível peso do crivo das urnas na eleição municipal que se avizinha.

Com a dobradinha PSDB/MDB, que já pressionou a governadora no pleito passado, cada vez mais sedenta pelas cabeças de chapa do governismo para a eleição geral de 2026, Zenaide terá que chegar com um saldo gordo para fincar pé no palanque petista. Os movimentos nos bastidores já dão conta dum fogo amigo contra os Calado, compreensível o porquê mesmo com riscos de fissura, do casal buscar alianças fora do círculo do petismo.

O cálculo é o fortalecimento do mandato senatorial, chegando em 2026 com prefeituras de relevo, mesmo as não alinhadas de imediato à governadoria, para aumentar o cacife de Zenaide na chapa lulopetista.

Num português direto, Zenaide Maia está indo para cima. Depois de seis anos na oposição aos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), Maia começa a colher os louros políticos com a chegada de Lula (PT) ao poder.

No impeachment de Dilma Rousseff (PT) foi a única da bancada na Câmara dos Deputados que votou contra a impugnação da presidente. Na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, a denominada PEC de teto dos gastos, foi outra voz solitária na Câmara a se posicionar contra. Na reforma trabalhista, mais uma vez se posicionou à esquerda, votando contra.

Mesmo que venha a ser exilada pelo petismo em 2026, Zenaide tem uma forte identificação com o lulismo. A senadora é uma figura popular junto as massas lulistas, e um possível alijamento dela da tribuna governista não é sinônimo de derrota. Maia tem identificação necessária para atrair os votos do lulismo potiguar.

O entrevero que tende a causar os embaraços mais perturbadores na relação entre o casal Calado e o petismo é a disputa pelo comando da Prefeitura de São Gonçalo do Amarante. Eraldo Paiva vai para reeleição, e Jaime quer recuperar o controle da municipalidade. O PT não medirá esforços para fechar o cerco oposicionista a Paiva, que vem fazendo um enfrentamento de fornalha com os Calado.

Eraldo vem se esforçando para mostrar capacidade administrativa, contudo Jaime ainda é uma figura querida pelos gonçalenses, como aferiram as pesquisas divulgadas em maio último, pelo Brâmane/Blog do BG e Instituto Seta/O Potiguar. Jaime é o candidato a ser batido, e há uma comoção social contra Eraldo, muito malvisto pela forma como assumiu o município com a morte de Paulo Emídio.

O PT tem histórico de abafar aliados quando percebe que pode ter influência diminuída. Zenaide é uma progressista que transita com facilidade pelo centrismo. A depender do incômodo que possa causar quando as urnas de 2024 forem apuradas, não será de se estranhar que sofra uma operação para desgastar sua popularidade, empreendida justamente pela hoste do petismo.

Aliado dos governismos estadual e federal, o casal Calado desenha uma estratégia vista por alguns como controversa, mas de uma expertise ímpar, vide a posição política que se encontram. A habilidade de como operacionalizar esta expertise é que concretizará o dividendo resultante. Entre serem engolidos pelo petismo, como muitos foram na eleição passada, ou reorientar o grupo para catar protagonismo, os Maia-Calado decidiram olhar para si e reavivar o agrupamento.

*É cientista social e graduando em História pela UERN.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

 

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Allyson tem tanta certeza que será reeleito que já pensa em 2026

O prefeito Allyson Bezerra (União) tem um plano de rota política traçado para esta década. É se reeleger ano que vem com uma votação consagradora, passar um ano e três meses no Palácio da Resistência e dar o ousado passo para tentar o Governo do Estado.

O prefeito não fala sobre isso, mas os gestos são eloquentes. Ele subestima a oposição. Dá como certa a reeleição tanto que iniciou um curso de direito no turno vespertino em uma faculdade particular.

Há tempo para conciliar gestão com estudos por considerar a situação política para 2024 confortável.

Ao longo de julho Allyson passeou pelo Seridó visitando municípios que faziam festejos de Santana e deu as caras no protesto de prefeitos contra a governadora Fátima Bezerra (PT) com quem tem procurado tensionar sempre que pode.

Allyson tem elevado o tom contra Fátima. Enquanto a petista fechava um acordo com os prefeitos sobre o ICMS e afirmava que as outras dívidas estavam sendo pagas, o prefeito estava nas redes sociais batendo duro na governadora e a alardeando que a dívida em agosta era maior do que a que ele mesmo anunciara em julho.

Allyson está de olho em 2026 passando por cima de 2024, ano que encara como mera formalidade, um trampolim em seu objetivo de se tornar governador mesmo após ser reprovado no primeiro teste na tentativa de se tornar liderança estadual com as derrotadas das candidaturas dos seus nomes para deputado estadual e federal no ano passado.

O mentor do prefeito, ex-senador José Agripino, presidente estadual do União Brasil, acredita que isso foi acidente de percurso ao ter afirmado que o “estado é o futuro de Allyson” ao visitar Mossoró esta semana.

Allyson subestima 2024 sonhando alto com 2026.

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Crise entre Álvaro e Rogério é o início da disputa pelo voto da direita em 2026

A briga entre o senador Rogério Marinho (PL) e o prefeito do Natal Álvaro Dias (Republicanos) finalmente emergiu dos bastidores para o bate-boca explícito no noticiário político do estado, tendo como pano de fundo o cancelamento de convênios federais entre o Governo Federal e a Prefeitura do Natal, ainda na era Jair Bolsonaro.

A história é escabrosa e envolve abuso da máquina federal.

Álvaro, que apoiou Rogério se sente traído pelo senador. Afinal de contas lhe deu apoiou em gratidão pelos recursos prometidos e sofreu um estelionato político. A fala do prefeito, como bem assinalou o deputado federal Fernando Mineiro (PT), se encaixa com as denúncias de que o senador abusou da máquina federal para se eleger.

Álvaro se afasta de Rogério publicamente de olho em 2026. Os dois disputam o voto da direita na sucessão da governadora Fátima Bezerra (PT) daqui a três anos. Os dois sabem que 2024 é só um treino em que a Prefeitura do Natal será um trampolim em que Álvaro precisará fazer o sucessor para se fortalecer.

Se Rogério for cassado pela Justiça Eleitoral e ficar despido de direitos políticos, Álvaro reinará sozinho no campo da direita para enfrentar o indicado por Fátima Bezerra no campo lulista, que tem dominado as três últimas eleições no Rio Grande do Norte.

Aparentemente a briga interessa mais a Álvaro do que a Rogério.

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Novo comando do PDT tem digitais de um Jean Paul Prates de olho em 2026

O PDT no Rio Grande do Norte está sob nova direção no Rio Grande do Norte. Assumiu o comando do partido a ex-deputada estadual Márcia Maia, que estava no Republicanos.

Márcia é ligadíssima ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (PT). Jean, que até o final de janeiro era senador, entrou na política pelas cores do PDT e ganhou notoriedade no Rio Grande do Norte como secretário estadual extraordinário de energias renováveis no governo de Wilma de Faria, mãe de Márcia.

A nova presidente do PDT é muito próxima a Jean. Os membros do diretório estadual são também do círculo do presidente da Petrobras.

Virando o jogo de desmonte da Petrobras no Estado, Jean se converte em um nome forte para disputar o Governo do Estado em 2026 pelo PT, mas a governadora Fátima Bezerra terá até lá a pressão do vice-governador Walter Alves (MDB), que assumirá o Governo quando Fátima se desincompatibilizar para disputar o Senado.

Com o controle do PDT, Jean tem um plano B, para disputar o Governo do Estado caso não tenha a legenda do PT.

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Allyson Bezerra dá xeque-mate ao optar pelo União Brasil

João Paulo Jales dos Santos*

A filiação ao União Brasil (UB) é mais um acerto de Allyson Bezerra (UB). Uma adesão ao Partido Social Democrático (PSD) não teria sido uma má escolha, contudo, a decisão pelo UB é uma assertiva cirúrgica que dá boa margem política para os planos de Bezerra. Para além dos robustos, fundo eleitoral e tempo de propaganda na TV e no rádio, que tem o UB, a ida para a legenda garante ao alcaide dois movimentos imediatos, e um a ser vislumbrado daqui a 3 anos.

No União, Bezerra tem um pé na base do governo Lula (PT), com outro firmado longe do petismo estadual, já que não é sequaz da governadora Fátima Bezerra (PT) e o partido não orbita a esfera governamental. Outro movimento imediato é o elevado status com que chega à agremiação, por administrar a maior Prefeitura sobre o controle da legenda.

No horizonte, tem um partido para pavimentar uma possível candidatura ao governo do estado em 2026, perspectiva ventilada nos intramuros do Palácio da Resistencia, sede da municipalidade.

Allyson no União Brasil, é inclusive uma opção saneadora para a aliada Zenaide Maia (PSD). Caso seja preterida no palanque governista em 2026, uma contingência que ronda à reeleição da senadora, numa eventual candidatura governamental de Allyson, Zenaide garante seu palanque senatorial.

E mesmo não estando no PSD, o prefeito é um forte apoio na organização do partido em Mossoró, elemento agregador importante para a senadora, que vem se destacando como uma aliada ilustre do governo federal.

Deverá haver leitor que desaprova a gestão de Allyson Bezerra, no entanto, é inegável que o burgomestre vem acumulando acertos políticos nesses sete meses que iniciam a metade final de seu mandato. No tabuleiro eleitoral, Bezerra vem dando xeques-mate que ao avançar sobre o controle dos meandros do pleito de 2024, vai deixando o oposicionismo encurralado.

A oposição ensaiou uma oxigenação nos últimos meses, no entanto, continua desorganizada, sendo conduzida a reboque dos riscados do Palácio da Resistência. Os embates entre prefeitura e sindicalismo, que pareciam dar ânimo aos anseios oposicionista, não arranharam a imagem do prefeito, que segundo pesquisa do Instituto Agorasei, divulgada na última terça-feira, mantém popularidade na casa dos 80%, com 81,1% de aprovação.

Mesmo com o rescaldo eleitoral de 2022, em que Bezerra parecia enfrentar seu momento mais delicado à frente do executivo, manteve o domínio dos holofotes, conseguindo inverter os ataques emergentes à sua figura de gestor.

A aprovação, em junho passado, do Projeto de Lei Complementar 17/2023, pela Câmara Municipal de Mossoró, que alterou o Regime dos Servidores e de Fundações Públicas, mostrou mais uma vez o completo domínio narrativo que o alcaide exerce, com sua palavra sendo mais repercutida do que a fala da oposição.

Allyson domina a política em 2 frentes cruciais, na visão política, com o traçado da estratégia, das alianças e a operacionalidade de campo, e no que se convencionou a chamar de narrativa, a comunicação do marketing político. A narrativa requer sofisticação pois uma de funções é adentrar no imaginário popular.

E é no imaginário que o prefeito vem conseguindo construir a imagem dum sujeito nascido para ser gestor, o responsável por livrar Mossoró de uma oligarquia arruinada, que conduz Mossoró para uma renovação. Dada as devidas proporções, Allyson vem construindo uma imagem similar à que Rosalba Ciarlini (PP) fez de si durante 2 décadas, da única capaz de administração à cidade com eficiência.

Nem a ideia inicial do petismo, pós resultado presidencial de 2022, de polarizar a disputa municipal entre lulismo e bolsonarismo, tem ancoragem na realidade. Lula teve quase dois terços dos votos em Mossoró, Allyson tem uma aprovação de 8 em cada 10 mossoroenses, há um nítido cruzamento de preferência entre aqueles que votaram em Lula e apoiam o burgomestre.

O que falta ao comandante em chefe do executivo mossoroense são obras de destaque em seu governo, para ter uma vitrine administrativa para chamar de sua. É através do programa “Mossoró Realiza” que se esse vácuo será ocupado. O programa de metas e investimentos tem obras de elevada importância para a cidade, que começarão a ser tocadas com a liberação do empréstimo de 200 milhões de reais junto a Caixa Econômica Federal.

Uma significativa vitrine administrativa é ingrediente imprescindível para fermentar uma candidatura ao governo em 2026. Com uma estampa já benquista na região metropolitana, e uma conjuntura estadual que lhe seja favorável, Allyson terá condições para pleitear a cadeira do Palácio de Lagoa Nova, sede do Governo do Estado.

O tamanho de sua, até aqui, segura reeleição no próximo ano, será um dos predizeres do tamanho da passada que o alcaide terá para trilhar um escritório executivo maior que a Prefeitura de Mossoró.

*É cientista social e graduando em História pela UERN. 

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

 

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São Gonçalo é o “nó” na relação entre Fátima e Zenaide

Parte da crônica política do Rio Grande do Norte especulou a respeito de um possível rompimento entre a senadora Zenaide Maia (PSD) e a governadora Fátima Bezerra (PT).

Isso se deu por causa dos movimentos de Zenaide que vai receber o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves, líder de intenções de votos na capital, no PSD e deve lançar o secretário estadual de desenvolvimento econômico Jaime Calado para disputar a Prefeitura de São Gonçalo. A dupla enfrentaria respectivamente Natália Bonavides (PT) e Eraldo Paiva (PT) nas duas cidades.

Mas isso por si só é um elemento frágil para indicar rompimento entre as duas. Entre Zenaide e Fátima existem mais interesses convergentes (formação de dobradinha para as duas vagas do Senado em 2026 e relações com o Governo Lula, por exemplo) do que divergentes. Além disso, Jaime, marido da senadora, é um secretário importante no Governo do Estado.

Some-se a isso o fato de que Zenaide foi escolhida relatora da Medida Provisória que recriou o programa Mais Médicos.

A política já mostrou que é possível divergir na eleição municipal em algumas cidades e dois anos depois estarem juntos, no caso juntas, em um palanque.

Em Natal é fácil resolver porque o grupo de Fátima pode se reunir no segundo turno. O verdadeiro problema que pode gerar alguma rusga entre a petista e pessedista está em São Gonçalo, berço político da senadora, onde o prefeito é do PT e o marido pode ser o principal adversário.

É um nó que pode ser desatado com o bom manuseio da arte da política.

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Zenaide confirma chegada de Carlos Eduardo ao PSD: “engrandece qualquer partido”

Tribuna do Norte

A presidente estadual do PSD, senadora Zenaide Maia, confirmou a filiação ao partido do  ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves. “Estamos buscando novos filiados, pois esse é o nosso papel”, disse ela, para quem “a vinda de Carlos Eduardo nos deixa muito feliz, engrandece qualquer partido”.

Nos bastidores da política potiguar, é forte a especulação de que a chegada de Carlos Eduardo ao PSD seria uma estratégia da senadora Zenaide Maia e do secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado, para se fortalecer diante do PT da governadora Fátima Bezerra.

Jaime também é pré-candidato a prefeito de São Gonçalo do Amarante, onde o atual gestor Eraldo Paiva (PT) deverá tentar a reeleição. O novo fato político pode acabar afastando os dois partidos em 2024, já que o PT também tem uma pré-candidatura em Natal, da deputada federal Natália Bonavides.

Zenaide Maia deverá disputar a reeleição em 2026, quando estarão em disputa duas vagas para senador no Rio Grande do Norte, mas passa a trabalhar a ampliação dos diretórios municipais do PSD visando as eleições de prefeitos e vereadores em 2024. Atualmente, o partido conta com 14 prefeitos no Estado.

O ex-prefeito Carlos Eduardo Alves evita falar em sucessão municipal, nem quis confirmar, oficialmente, o seu ingresso no PSD depois de deixar a presidência do diretório estadual do PDT, partido que liderou por mais de uma década no Rio Grande do Norte: “Até sábado vou tomar posição partidária. 2024 só em 2024″.

Prefeito de Ceará Mirim, Júlio César Câmara, informou que recebeu convite para filiação do ex-prefeito de Natal ao PSD na tarde da sexta-feira (12), o que deverá ocorrer, possivelmente, na sede estadual da legenda, na rua Clementino Câmara, 2144, em Nova Descoberta.

Júlio C. Câmara afirma que, pessoalmente, não pode falar em nome do partido, mas considera que Carlos Eduardo “é um excelente nome e reúne todas as condições” para voltar a disputar a prefeitura de Natal em 2024.

Câmara continuou no PSD mesmo após a saída do deputado federal Robinson Faria (PL), que presidia o partido até o ano passado e terá o seu apoio à reeleição daqui a quatro anos, assim como a senadora Zenaide Maia, cujo mandato expira em 2026, a exemplo do senador Styvenson Valentim (Podemos), que poderá concorrer a prefeito de Natal no próximo ano ou também disputar a reeleição, embora venha se posicionando como pré-candidato a governador em 2026.

De acordo com as anotações do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), não há registro de comissória provisória em Natal. A Justiça Eleitoral aponta que existem 18 comissões no Rio Grande do Norte, a vigência da Comissão Estadual vai até o dia 31 deste mês, segundo as anotações eleitorais.

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Jean tem meios para se viabilizar para majoritária em 2026

O presidente da Petrobras Jean Paul Prates (PT) tem mantido todas as atenções para o Rio Grande do Norte, mesmo após assumir o cargo na empresa estatal.

Ontem mesmo ele estava acompanhando a agenda do ministro dos portos e aeroportos Márcio França. Tem mantido um trabalho de divulgação das emendas enviadas aos municípios, como a que garantiu a entrega de ônibus escolares ontem.

O presidente da Petrobras está politicamente ativo.

Jean se saindo bem na Petrobras, retomando os investimentos da empresa no Estado e com Lula e Fátima bem avaliados é nome fortíssimo para disputar Governo ou Senado em 2026.

Apostaria minhas fichas na primeira alternativa, diria.