Lula – Blog do Barreto
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Ponte da BR 304 é recuperada e estradas que absorveram fluxo durante incidente serão recuperadas

O Governo do RN e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) entregaram nesta segunda-feira (30) a nova ponte sobre o rio Ponte de Serra, no município de Lajes, na região Central do estado. A ponte antiga foi destruída pelas chuvas no dia 31 de março deste ano e interrompeu por um período de 50 dias o tráfego na BR-304, que acessa o Rio Grande do Norte de leste a oeste.

Na ocasião, a governadora Fátima Bezerra anunciou que o Governo Federal vai restaurar 130 quilômetros de rodovias estaduais utilizadas para desviar o tráfego da BR 304 no período das obras. “Estamos entregando uma nova ponte, mais moderna e segura. Quero agradecer ao Governo Federal, ao presidente Lula e ao ministro dos Transportes, Renan Filho e ao DNIT. Seguiremos firmes em parcerias com o Governo Federal para trazer mais bem-estar e cidadania ao povo do Rio Grande do Norte”, declarou a governadora Fátima Bezerra no ato de entrega da obra.

A nova ponte tem 125 metros de extensão e custou R$ 14,4 milhões. E o desvio que foi construído será aproveitado na duplicação da BR 304, obra incluída no Novo PAC que será licitada no primeiro semestre de 2025 e as obras iniciadas no segundo semestre. “É uma obra ousada, de custo elevado, mas importante para o desenvolvimento, para escoar a produção e favorecer o turismo”, registrou a governadora, para lembrar também que está em fase de conclusão a primeira etapa do Programa de Restauração de Rodovias Estaduais — são 800 quilômetros de rodovias —, abrangendo todas as regiões do RN.

O prefeito de Angicos, município vizinho a Lajes, Pinheiro Neto, lembrou do empenho do Governo do RN para a execução ágil da nova ponte: “A nova ponte traz de volta a facilidade no acesso à nossa região, municípios vizinhos e ao estado do Ceará. Só temos a agradecer o trabalho e o esforço para a conclusão dos serviços”.

Responsável pela construtora A. Gaspar, que venceu a licitação para construir a nova ponte, Arnaldo Gaspar, afirmou que em 60 anos de existência, a empresa construiu mais de mil pontes em todo o Brasil, de Rondônia ao Rio Grande do Sul. “Todos nós estamos felizes e satisfeitos com o empenho do Governo do Estado para executar a nova ponte e a atuação em Brasília, acelerando procedimentos burocráticos”. Esta avaliação foi corroborada pelo superintendente regional do DNIT, Getúlio Batista: “A obra foi feita em seis meses, prazo recorde”, complementou.

No ato da entrega da nova ponte, a governadora Fátima Bezerra destacou a parceria entre as gestões estadual e federal, que permitirá em breve a execução de novas obras em trechos rodoviários através do DNIT, que vai restaurar trechos de estradas que absorveram o fluxo de veículos no período do incidente com a ponte à altura de Lajes. Um total de 130 km. Os trechos a serem recuperados são a RN 118, BR 304 (Itajá) – BR 406 (Macau), RN 129, BR 304 (Lajes – Pedra Preta), RN 263 e RN 129 (Pedra Preta e Perímetro Urbano de Pedra Preta), RN 269 (Nova Cruz – Passa e Fica) e RN 093 e RN 011 (Lagoa d’Anta – Tangará). Os serviços devem iniciar no final de janeiro de 2025 com montante de R$ 90 milhões em investimentos.

No ato de entrega da nova ponte, a governadora esteve acompanhada dos secretários de Estado, Gustavo Coelho (Infraestrutura), Daniel Cabral (Comunicação), diretora-geral do DER, Natécia Nunes e os deputados estaduais Francisco Assis de Medeiros (Chico do PT) e Isolda Dantas. Também compareceram o vice-prefeito de Lajes, José da Mata, vereadores e representantes dos municípios vizinhos, funcionários do Dnit e da construtora A. Gaspar.

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Tendência petista DS faz articulação com movimentos sociais

Na última semana a Democracia Socialista (DS), corrente interna do Partido dos Trabalhadores, realizou uma importante reunião em Natal reunindo mais de 200 militantes de todas as regiões do Rio Grande do Norte.
O encontro contou com a presença de figuras de destaque no cenário político estadual, como a deputada estadual e dirigente nacional do PT, Isolda Dantas; o secretário de Agricultura Familiar do RN, Alexandre Lima; o subsecretário de Juventude Gabriel Medeiros; além de vereadoras e vereadores da DS eleitos e reeleitos pelo PT em várias cidades do estado, entre eles Brisa Bracchi (Natal), Plúvia Oliveira (Mossoró), Ana Aline (Caicó), Jean Ferreira (Martins), Jailson Ferreira (Apodi) e Isaac do PT (Pendências).
A reunião reforçou o compromisso da DS com a articulação entre o partido e os movimentos sociais, com a presença de representantes da Kizomba, Enegrecer, Marcha Mundial das Mulheres e outros coletivos. No debate, reforçou-se a necessidade de que o governo Lula implemente a agenda eleita em 2022, em alinhamento com o programa e a identidade do partido, evitando concessões que enfraqueçam os objetivos da esquerda em prol de alianças com o centrão.
A plenária também convocou os filiados para se engajarem no Processo de Eleições Diretas (PED) do PT, com o objetivo de definir os rumos do partido no RN e assegurar a participação ativa nas disputas eleitorais de 2026 para disputar cadeiras na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa do RN. Nomes como o da deputada Isolda Dantas, da vereadora Brisa Brachi e do secretário Alexandre Lima se consolidam como lideranças fortes.
O grupo se posiciona, assim, como uma força importante na disputa pela direção do PT no estado e na construção de um projeto político que represente as demandas da população.
Com um espírito de renovação e união, a DS do PT do Rio Grande do Norte se coloca como protagonista na preparação para as próximas eleições, reafirmando seu compromisso com a defesa das causas populares e com o fortalecimento do PT no cenário político estadual e nacional.

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Análise

Direita “moderada” do RN se cala sobre tentativa de golpe

Quem acessa as redes sociais dos deputados federais Robinson Faria (PL), João Maia (PP), Benes Leocádio (UB) e Paulinho Freire (UB), este último prefeito eleito de Natal, nem imagina que há duas semanas o Brasil assistiu atônito a revelação de uma trama golpista que previa o assassinato do presidente Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Tidos como membros da direita moderada, os quatro não fizeram qualquer manifestação pública a respeito de um assunto gravíssimo que envolve a sobrevivência da nossa democracia.

Robinson, coordenador da bancada federal, é pai de Fábio Faria, ex-deputado federal que foi ministro das comunicações no Governo de Jair Bolsonaro (PL).

Talvez isso explique o silêncio.

Paulinho Freire foi eleito prefeito em Natal com amplo apoio do bolsonarismo local. Isso com certeza explica o desapreço com a democracia.

Benes foi da base de Bolsonaro, é da base de Lula e está mais preocupado com outros assuntos como dar voto favorável a PEC dos estupradores na Comissão de Constituição Justiça da Câmara dos Deputados.

João Maia foi aliado do PT nos Governos Lula e Dilma Rousseff, estava na base de Bolsonaro e hoje é novamente parceiro de Lula.

Seja o que acontecer no país, ele, pelo visto estará do lado vencedor.

Curiosamente a única voz da direita na bancada federal, que nem é rotulado de moderado, que se manifestou contra o golpe foi o senador Styvenson Valentim (Pode) que timidamente defendeu punição para os militares que tentaram abolir o Estado Democrático de Direito.

Que direita moderada é essa que temos no RN?

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Rogério Marinho é contra isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e critica maior taxação para quem ganha mais

O senador Rogério Marinho (PL), líder da oposição no Senado e do bolsonarismo no Rio Grande do Norte, segue sem o menor constrangimento em combater qualquer pauta que melhore a vida dos mais pobres e está sem pronto para defender os interesses dos mais ricos.

Em entrevista à CNN, Marinho se posicionou contra a proposta do Governo Lula de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

Assim como o fim da jornada de trabalho 6×1, Marinho classificou a proposta como “factoide” e “inexequível”. “Você acha que é possível, com o descalabro e descontrole fiscal, falarmos em suprimir receitas e aumentar impostos?”, questionou.

Ele aproveitou a oportunidade para esculhambar o Governo Lula. “Olhe, de boas intenções o inferno está cheio e esse governo, realmente, é muito bem-intencionado, mas é atabalhoado e completamente inepto”, disparou.

O Governo pretende compensar a perda de arrecadação taxando em 10% lucros e dividendos para quem ganha acima de R$ 50 mil por mês. Marinho viu aí uma desculpa para tributar os que “ganham um pouco mais”.

“Nos lugares onde houve taxação daqueles que ganham um pouco mais, houve fuga de capital”, argumentou.

Ao ser questionado sobre o fato de aumento da isenção do IR ter sido também uma promessa de campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado de Marinho, o senador indicou uma possibilidade de estelionato eleitoral.

“Ela não foi materializada, não foi apresentada, a forma como seria apresentada eu, particularmente, desconheço. Evidente que há uma distância entre a intenção e o gesto”, admitiu.

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Foro de Moscow 29 nov 2024 – Lula fala sobre a tentativa de golpe no Brasil

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Agência Moscow

Foro de Moscow 28 nov 2024 – As reuniões com os militares

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Relatório da PF aponta que Bolsonaro liderou e teve domínio do plano de golpe

Cézar Feitoza

Folha de S. Paulo

Brasília – O ex-presidente Jair Bolsonaro liderou a trama golpista no final de 2022, e a ruptura democrática não foi concretizada por “circunstância alheias à sua vontade”, disse a Polícia Federal no relatório final da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.

“Os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca que o então presidente da República, JAIR MESSIAS BOLSONARO, planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade”, diz.

As informações estão no relatório final da investigação da PF sobre tentativa de golpe de Estado em 2022. As conclusões da investigações foram entregues na quinta-feira (21) ao STF (Supremo Tribunal Federal) e tornadas públicas pelo ministro Alexandre de Moraes nesta terça-feira (26).

O relatório foi enviado para análise da PGR (Procuradoria-Geral da República). O órgão é o responsável por avaliar as provas e decidir se denuncia ou não os investigados.

Bolsonaro negou na segunda-feira (25) que tivesse conhecimento sobre planos apurados pela PF para matar o presidente Lula (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes. “Esquece, jamais. Dentro das quatro linhas não tem pena de morte”, afirmou.

O ex-presidente, porém, confirmou que discutiu com aliados e militares a possibilidade de decretar estado de sítio após a derrota na disputa eleitoral de 2022 —o que, para Bolsonaro, não configuraria golpe nem crime.

“Tem que estar envolvidas todas as Forças Armadas, senão não existe golpe. Ninguém vai dar golpe com general da reserva e mais meia dúzia de oficiais. É um absurdo o que estão falando”, disse Bolsonaro.

“Da minha parte nunca houve discussão de golpe. Se alguém viesse pedir golpe para mim, ia falar, tá, tudo bem, e o ‘after day’? E o dia seguinte, como é que fica? Como fica o mundo perante a nós. (…) A palavra golpe nunca esteve no meu dicionário.”

Lula derrotou o então presidente Bolsonaro em 2022 após uma acirrada disputa de segundo turno. Durante seu mandato e após a derrota, o hoje inelegível Bolsonaro acumulou declarações golpistas.

Bolsonaro questionou a legitimidade das urnas, ameaçou não entregar a Presidência a Lula após a derrota eleitoral, atacou instituições como o STF e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e estimulou a população a participar de atos golpistas.

A investigação da Polícia Federal mostrou que, no fim de 2022, o então presidente Bolsonaro, aliados e militares passaram a discutir minutas de decreto golpistas com o objetivo de anular o resultado das eleições presidenciais, sob a falsa alegação de fraudes nas urnas eletrônicas.

Os textos passaram por mudanças ao longo de novembro e dezembro, algumas feitas por ordem de Bolsonaro. Com o texto alinhado entre aliados, o então presidente convocou os chefes das Forças Armadas para sondar o apoio dos militares à proposta golpista.

Em depoimento à Polícia Federal, o ex-chefe da FAB (Força Aérea Brasileira) Baptista Júnior disse que o general Freire Gomes, à época comandante do Exército, chegou a dizer que prenderia Bolsonaro se ele avançasse com os intentos golpistas.

“Depois de o presidente da República, Jair Bolsonaro, aventar a hipótese de atentar contra o regime democrático, por meio de alguns institutos previsto na Constituição (GLO ou estado de defesa ou estado de sítio), o então comandante do Exército, general Freire Gomes, afirmou que caso tentasse tal ato teria que prender o presidente da República”, disse Baptista Júnior em depoimento.

O único chefe militar que apoiou os planos de Bolsonaro foi o comandante da Marinha, Almir Garnier Santos. Segundo a PF, ele colocou as tropas à disposição do ex-presidente para a consumação do golpe de Estado. O almirante ficou em silêncio diante da Polícia Federal.

Mesmo após a negativa dos chefes do Exército e da Aeronáutica, o então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, fez novos apelos para os comandantes das Forças Armadas. O militar foi a peça principal do governo Bolsonaro no ataque às urnas eletrônicas.

A Polícia Federal descobriu na reta final do inquérito que o general da reserva Mario Fernandes, que trabalhava no Palácio do Planalto, elaborou um plano para matar Lula, Alckmin e Moraes. Ele conseguiu apoio de outros militares, que executaram parte do planejamento.

O documento com o passo a passo do plano golpista foi impresso por Mario no Palácio do Planalto com o título “Punhal Verde Amarelo”. Ele previa a participação de seis pessoas, com celulares descartáveis e formatados, e o uso de armamento exclusivo do Exército para o assassinato das autoridades.

O plano ainda previa outras possibilidades de execução dos alvos, como o uso de artefatos explosivos e envenenamento em evento público.

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Fátima defende que Bolsonaro e demais golpistas sejam punidos nos rigores da lei

A governadora Fátima Bezerra (PT) comentou no Twitter o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 aliados por golpe de estado com previsão de assassinato do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Ela defendeu punição exemplar aos golpistas: “presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes”, comentou.

Ela ainda afirmou que Bolsonaro tinha pleno conhecimento dos planos que previam os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes.

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Styvenson condena plano para matar Lula, Alckimin e Moraes: “repúdio total”

O senador Styvenson Valentim (PODE) contrariou o silêncio sepulcral da direita e extrema-direita potiguar sobre o plano de militares bolsonarista de matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes num contexto de golpe de estado.

Em um post nos stories do Instagram na última terça-feira ele criticou os militares envolvidos na trama golpista ao postar print da manchete que trata da impressão do plano para matar dentro do Palácio do Planalto. “Absurdo posturas de militares como esses. Nunca representaram a instituição”, comentou.

Styvenson, que é antipetista e crítico do ministro Alexandre de Moares, defendeu que as mudanças aconteçam seguindo as regras da democracia. “Sempre assinei impeachment do ministro Morais (sic) essa é a forma democrática, legal e constitucional de legitimar o reequilíbrio dos poderes. Nunca pela violência ou plano de matar autoridades. Repúdio total e cadeia é pouca pra esse tipo de militar”, sugeriu.

Hoje foram indiciados o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 nomes por tentativa de golpe de estado.

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“Eu sou um cara que tenho que agradecer agora, muito mais, porque eu tô vivo”, diz Lula em primeira fala sobre plano golpista

Por Guilherme Mazui, Lais Carregosa

G1 — Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta quinta-feira (21) em um evento público, pela primeira vez, as revelações da Polícia Federal sobre um plano arquitetado por militares para dar um golpe de Estado em 2022 – e que envolviam assassinar, por tiro ou veneno, a chapa vencedora e o ministro Alexandre de Moraes.

“Eu sou um cara que tenho que agradecer agora, muito mais, porque eu tô vivo. A tentativa de envenenar eu e Alckmin não deu certo, nós estamos aqui”, disse Lula, sob alguns risos de parte do público.

A declaração foi dada em um evento no Palácio do Planalto para divulgar planos do governo federal para a concessão de rodovias ao setor privado

Em seguida, Lula passou a tratar do tema do evento. Mas voltou a citar o plano de envenenamento descoberto pela Polícia Federal – e disse que não quer “perseguir ninguém”.

“E eu não quero envenenar ninguém. A única coisa que eu quero é, quando terminar o meu mandato que a gente desmoralize, com números, aqueles que governaram antes de nós”, disse o petista.

Na sequência, Lula afirmou que o que quer, ao final do mandato, é “medir com números quem fez mais escolas, cuidou dos pobres, fez estradas e pontes, e mais pagou salário mínimo”.

“É isso que eu quero medir porque é isso que conta no resultado da governança”, declarou.

Estabilidade contra ‘malandros’

O petista disse ainda que quer dar estabilidade econômica, fiscal e jurídica ao país. “Quero ter, na verdade, previsibilidade nas coisas que vão acontecer”, disse.

Lula disse que, com isso, os empresários que quiserem investir no Brasil não serão mais contidos por “malandros e espertos que levantam a dúvida para ganhar dinheiro”. “Não queremos mais isso”, concluiu.

Lula também criticou o receio de servidores públicos no momento de autorizar obras e a prática de judicializar licitações.

“Quem vive no governo federal sabe que muitas vezes uma obra para num gerente da Caixa Econômica Federal, para num gerente do Banco do Brasil, para num gerente de segundo escalão do BNDES e para em qualquer outro lugar porque as pessoas ficaram com medo de dar autorização ou de assinar um cheque”, disse.

“O denuncismo no Brasil é uma prática corriqueira, muitas vezes, por quem não quer que a obra siga em frente ou muitas vez por quem não perde a licitação”, acrescentou.

O presidente ainda elogiou o Tribunal de Contas da União (TCU) que, na sua visão, tenta encontrar soluções em vez de criar problemas. O órgão fez parte do modelo de repactuação de contratos de concessão de rodovias cujo balanço foi apresentado nesta quinta-feira.

O Programa de Otimização de Contratos de Concessão Rodoviária permitiu repactuar 14 contratos em troca de investimentos em rodovias federais já operadas por empresas.

O Ministério dos Transportes identificou contratos considerados “estressados”, com obras paradas ou atrasadas. Em vez de realizar novas licitações, a pasta optou por renegociar os contratos.

Segundo o governo, a “otimização” permite começar novas obras em até 30 dias após a assinatura de aditivos. O reajuste das tarifas pagas pelos usuários é feito após a entrega das obras.

O governo estima que os investimentos nas rodovias podem chegar a R$ 110 bilhões e viabilizar 1.566,1 quilômetros de duplicações de rodovias – 436,9 quilômetros entre 2024 e 2026.

Operação Contragolpe

Na terça, a Polícia Federal deflagrou a operação Contragolpe contra a organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado após as eleições de 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e restringir a atuação do Poder Judiciário.

Segundo a PF, entre as ações elaboradas pelo grupo havia um “detalhado planejamento operacional, denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022” para matar os já eleitos presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.